Carta aos funcionários

Aos técnico-administrativos da EFLCH/UNIFESP

Funcionários e funcionárias da Escola de Letras, Filosofia e Ciências Humanas, abaixo apresentamos nossa pauta de reivindicação e os convidamos para discussão de questões comuns à comunidade acadêmica. Como é de conhecimento de todos; no dia 22 de março deste ano em Assembleia Geral no Campus, os estudantes deliberaram greve por tempo indeterminado, inicialmente com um eixo de luta debatido entre os discentes desde o início das atividades acadêmicas.
Em assembleias posteriores foram discutidos e aprovados os pontos de pauta de reivindicação em torno dos tópicos; a saber: infraestrutura universitária; acesso e permanência; repressão; transparência; fim das fundações privadas e fim das terceirizações na universidade. A pauta especificada está em anexo.
Entendemos que é fundamental a unidade na luta dos que estudam e trabalham na UNIFESP Guarulhos. Pela primeira vez na história do nosso campus, no dia 04 de abril de 2012 os docentes decidiram paralisar as atividades acadêmicas discutindo nossa atual conjuntura e questões relacionadas à infraestrutura universitária, debatendo inclusive sobre suas próprias reivindicações.
Desde o início, o movimento grevista na EFLCH/UNIFESP buscou uma profunda reflexão acerca das políticas de privatização, precarização e elitização do ensino superior público.
Em 2011 em todo o país, servidores técnicos administrativos das universidades e institutos federais permaneceram em greve por mais de três meses. Lutaram contra o congelamento dos salários por dez anos (PLP549/2009); terceirização de serviços e as medidas do governo de mercantilização do ensino com a privatização de hospitais e maternidades universitários (MP 520/2010); entregando-os às fundações de direito privado. No período aproximadamente nove reitorias das universidades e IF’s foram ocupadas; as ações fizeram parte do movimento que resite à privatização de direitos sociais.
Sabe-se que muitas das reivindicações dos servidores públicos do nosso campus convergem com as dos estudantes, a exemplo da falta de espaço físico para abrigar a biblioteca, salas de aulas, laboratórios etc. Não falta espaço físico apenas para os estudantes e professores, os técnicos administrativos também estão trabalhando cada vez mais em espaços menores e adaptados; criando assim condições insalubres de trabalho. Como podemos verificar os que estudam e trabalham na universidade têm todos os motivos para se mobilizarem de forma unitária para combater a precarização do trabalho e do ensino em defesa da educação contra as medidas governamentais; parte de uma política mais geral de mercantilização da educação pública.

Comissão de comunicação do Comando de Greve;

Guarulhos; 09 de abril de 2012.