16 pensou em “Informe urgente sobre o ATO

  1. Vamos lá, em ritmo de rap…

    Levo uma vida muito revolucionária,
    debate, filme e imobiliária,
    eu odeio essa vida ordinária,
    sou cool, engajado, não sou um pária.

    Vivo minha vida adorando Marx,
    sou rebelde, mas desconheço Rosa Parks,
    um outro cara que eu manjo é Lenin,
    quero revolução com macarrão penne.

    Calma aí meu camarada, eu também leio Trotsky,
    sou contra o sistema, mas também curto a Fox,
    eu detesto a direita, o PSOL e o PSTU,
    sabe, eu queria um Fasano no R.U.

    Vivo numa cobertura no Bosque Maia,
    se você discorda de mim? Eu meto vaia!
    É claro que eu gosto de Cartola e Racionais,
    boto som no pátio, entro no carro e rio do buzão de traz!

    Você ainda não sacou minha paralisação?
    ela é massa, dá até pra te xingar de cuzão,
    seu fascista, seu esnobe, seu pequeno-burguês,
    seu academicista, totalitário, eu odeio vocês!

    Meu lance tá no PCO e no MNN,
    pois num custa nada humilhar a Ana Nemi,
    falar de professor, da escolástica, da Torre de Babel?
    eu não respeito você, o Julio e a Raquel.

    Sabe a fita da ocupação da diretoria?
    eu gritei com a Lilian, rendi a burocracia!
    Apareci no jornal, caguei com a repressão,
    briguei com os camaradas, mas foi um tesão.

    Sou marrento, sou mártir, mas vou no Datena,
    quero holofote, microfone e pena.
    tô parando minha rima, sente aí e espere,
    eu sou um típico personagem do Comando de Greve.

  2. Sensacional, parabéns! resume tudo! ainda bem que existe a arte, senão essa vida seria insuportável!

  3. Está circulando no face e no blog do fim da greve este manifesto, de que nesta reprodução eu tirei as assinaturas, uma vez que mais pessoas dos que o assinaram originalmente se mostram dispostas a assiná- lo (inclusive eu):

    “Vemos se repetir ao passar dos anos na UNIFESP, um modelo de debate que propõe de forma exaustiva as seguintes indagações: “que universidade nós queremos?”, “que ideal de sociedade nós queremos”?”. Contudo, essencialmente nas últimas semanas do debate público que vem se intensificando na comunidade acadêmica, não é difícil perceber que tais questões jamais sairão do terreno vago das suposições se não respondermos a uma questão crucial que pontua todas as demais, nunca antes respondidas: “quais instrumentos dispomos nesse momento a fim de construir o movimento estudantil eficiente que queremos ver?”.

    O modelo vigente de assembleias, comandos de greve e comissões coloca o estudante em uma situação limítrofe, onde aquele que opta por tornar pública a sua opinião, necessariamente tem de tornar pública a sua figura. Dessa forma, sua imagem fica exposta à avaliação rigorosa dos demais sob a pena – nada remota – de receber vaias e gritos de hostilidade. Assim, as assembleias revelam-se espaços de reprodução do senso comum, de rechace de opiniões adversas, de intolerância e de discursos autoritários e inflamados. Revela-se como espaços não da democracia, mas da aclamação da crítica vã e da retórica vazia, bem como espetáculos de hostilidade.

    As assembleias, enquanto espaços de autogestão das atividades do corpo discente, devem ser lugares propícios ao diálogo, à tolerância e ao respeito. Todo e qualquer estudante deve ter sua fala assegurada e respeitada igualmente, independente de seus credos e filiações político-partidárias, religiosas, etc. Essa é uma condição sine qua non para que se garanta um movimento democrático, pois democracia sem pluralidade, sem diversidade, é uma ditadura da maioria sobre as minorias. É domínio faccioso sobre a variedade de opiniões dos estudantes do campi. Portando, declaramos aqui que não somos adeptos a esse modelo.

    As discussões que temos realizado nos levam a concluir que esse modus operandi tão costumeiramente utilizado, e repetido por nosso movimento estudantil se mantém vigente primordialmente devido ao caráter ideológico atual, que surge com déficit de planejamento. A inexistência de entidades estudantis permanentes e de maior abrangência impossibilita, de um lado, a mobilização constante dos estudantes, e gera, de outro, o predomínio dos atuais grupos.

    Como consequência, temos a grave dificuldade de organização e de diálogo e, especialmente, de negociação com os poderes instaurados na universidade (as tão citadas burocracia e hierarquias acadêmicas). Como exemplo dessas dificuldades tivemos a demora de cerca de 2 semanas para a elaboração de uma pauta de reinvindicações. O histórico mais recente evidencia ainda mais a problemática: após mais de um mês da instauração da greve atual é que finalmente se formou uma comissão de negociação.

    Esse atraso nos avanços da greve é fruto também da inversão lógica que tem sido feita das mobilizações estudantis. O desenvolvimento do movimento deve passar por algumas etapas, necessárias para a maturação das ideias e reinvindicações: 1) discussão da pauta; 2)negociação da pauta; e, por fim, se houver a resposta negativa dos poderes estabelecidos, 3) debate aberto sobre a necessidade de utilização do recurso de paralisação. O método inverso que é adotado pelos representantes atuais apenas tem gerado desgastes e frustrações.

    Como dito, acreditamos que isso seja resultado da ausência de entidades de representação estudantil que dê às mobilizações um caráter de constância.

    Dessa forma, propomos:

    1) que o movimento passe a se focar incansavelmente nas negociações, ao invés de agir de forma a enfatizar relações de força, que se revelam como formas improvisadas e autoritárias de comando.

    2) que formem-se grupos que avaliem aprofundadamente as demandas da nossa pauta, de maneira a poder esclarecer aos estudantes a viabilidade das demandas, os processos judiciais que lhe cabem e que apontem os poderes com os quais devemos negociar quando as reinvindicações não estiverem na esfera universitária, de forma que nossa luta seja clara e objetiva;

    3) que inicie-se o processo de construção de um Diretório Acadêmico, que organize as discussões relativas ao estatuto do DA e forme um calendário visando o processo eleitoral pelo modelo de chapas;

    Por fim, repudiamos:

    1 ) o uso de “piquetes excludentes”, ou seja, a intimidação aos alunos que não aderiram a greve, de forma que isso apenas lhes afasta ainda mais das movimentações estudantis;

    2 ) a falta de respeito nas assembleias, declaramos repúdio total às vaias. Reafirmamos que o movimento estudantil é um espaço de pluralidade, variedade, tolerância e respeito, e que as vaias condizem com espaços de alienação e não de emancipação;

    3) o fim do espírito de “queda de braço”.É necessário dialogar com docentes, funcionários, e também com os as instituições burucráticas. As opiniões amplamente difundidas de que os docentes são “apenas reacionários” impedem o crescimento qualitativo do movimento e culminaram, após uma série de tensões e em desententimentos entre o movimento estudantil e os docentes”

    • 1) que o movimento passe a se focar incansavelmente nas negociações, ao invés de agir de forma a enfatizar relações de força, que se revelam como formas improvisadas e autoritárias de comando.

      Por fim, repudiamos:

      1 ) o uso de “piquetes excludentes”, ou seja, a intimidação aos alunos que não aderiram a greve, de forma que isso apenas lhes afasta ainda mais das movimentações estudantis;

      PERFEITO!!!

  4. Gente, alguém sabe dizer se vamos voltar a ter aula esse semestre ou o circo não tem data pra acabar?

  5. Puta que pariu,eles falaram com o reitor ontem,e foram lá fazer ato hoje,ô raça,tá com a vida ganha?

  6. Esqueceram de acrescentar ao final:

    ‘Conta – se com a participação de todos que estão em casa, de bobeira, querendo uma causa para se tornarem rebeldes e um motivo para tornar a vida menos monótona’.

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