A Mentira está Armada

Unifesp campus Guarulhos: a volta da repressão, vergonha nacional.

 O filósofo americano Noam Chomsky fala, em uma de suas obras (“visões alternativas”) nas estratégias que o sistema (as elites sociais, políticas, econômicas e até religiosas) utiliza para manipular o pensamento das pessoas e assim conformar a opinião geral às suas ideologias.

 1. A estratégia da distração – O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites sociais, políticas e econômicas. é o que Chomsky chama de “armas silenciosas para guerras tranquilas”.

Fotos: reitor com presidenta Dilma; reitor e diretor acadêmico com governador Alckmin.

Estrutura: aluguel do galpão; compra de terreno e construção do prédio e moradia.

Apoio externo: acerto interno no PT de criar a universidade federal do Alto do Tietê e não sair de Guarulhos, resolvendo a disputa com o PSDB (USP) em são paulo..

Factóides: diversos fatos foram plantados com a clara intenção de transparecer violência, desde docentes provocadores que se transformam em vítimas, até situações de jogar estudante contra estudante.

Pauta: Unifesp vai apresentar que a pauta como atendida, portanto, jogam pesado pelo fim de greve – no entanto a principal bandeira de luta (anistia e paridade nas instâncias representativas da Unifesp) esta sendo colocada em segundo plano, uma vez que vai atingir uma pequena minoria de estudantes que estiveram à frente da luta, sendo acusados de “radicais” e com evidente criminalização.

2. A estratégia do adiamento – Outra maneira de provocar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária” (o “cortar na carne”), obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.

Repressão no horizonte: Após assembleia dos docentes, votar contra moção de repudio à violência de estudantes (segundo versão da burocracia) quase 100 (cem) docentes assinaram moção de repúdio contra estudantes. primeiro e de forma estratégica reconhecem como legítima a greve dos estudantes, no entanto, pedem punição aos que “agrediram docentes” – mesmo após cada um destes golpes terem sido desmascarados e desmentido um a um!

Aliança contra o movimento estudantil combativo: alguns partidos, a diretoria acadêmica e parte da congregação, reforçados pelo surpreendente abaixo assinado (ver site da Unifesp) contendo apoio de quase 100 (cem) docentes, selaram o mais covarde acordo da história estudantil.

3. Manter o povo na ignorância, alimentando ideais medíocres – A qualidade da educação dada às classes socialmente inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância entre estas e as classes altas permaneça inalterada no tempo, e seja impossível alcançar uma autêntica igualdade de oportunidade para todos.

Uma diferença: tem estudante sendo assistido fora da universidade, dando continuidade a sua seleta formação acadêmica. estes votarão contra a greve, que somados com grande parte daqueles que sabem da precarização, mas para fugir da luta, sempre utilizam o manjado discurso falacioso: tem outras alternativas de luta, a greve não é a única solução!

Somando ainda, para dar o golpe final, cada um dos quase 100 (cem) docentes que assinaram a carta golpe no movimento estudantil, tem suas zonas de influência em cada um dos 3.000 estudantes da Unifesp campus pimentas!

O que esta em jogo? A verdade que ninguém quer discutir na academia como um todo e em diversos sindicatos de docentes, além claro, do Consu, reitoria, diretoria acadêmica e parte da congregação, agora apoiada por significativa parte dos docentes: o movimento estudantil no campus pimentas guarulhos avançou além da pauta por questões materiais, está na ordem do dia:

1. anistia ampla, geral e irrestrita;

2. contra qualquer modalidade de repressão academicista;

3. paridade na congregação.

Desta forma, mantém-se a atual estrutura ideológica da Unifesp e das universidades no brasil: estudante é um simples depositário do saber academicista, ou seja, não é um “sujeito” da sua própria história. é considerado apenas um “objeto” a serviço da academia, reproduzindo a lógica do individualismo academicista que interessa tanto aos docentes reacionários, como também, ao sistema que estes mesmos docentes repudiam em “sala de aula”.

Vergonha nacional: tem de ser denunciada!

O que esta ocorrendo na Unifesp pimentas guarulhos se iguala ao golpe militar de 1964, com uma diferença, em vez de tanques, fuzis, tortura, manobras (ver caso rio-centro) e eliminação física, serão utilizadas modernas técnicas para a capitulação ou expulsão (ver caso sindicância campus pimentas) imposta pela diretoria acadêmica e parte da congregação, base da reitoria da Unifesp.

Portanto, o estudante deverá sofrer assédios diversos em qualquer disputa com o poder academicista, até se “enquadrar”, capitulando a esta tortura ideológica ou sendo empurrado para o jubilamento!

Vaso ofereça resistência será expulso do meio acadêmico!

Esta será a verdadeira história: não precisamos eliminar fisicamente, a exemplo da ditadura de 1964, mas sim de forma sutil, primeiro criando factoides e depois convencendo os demais estudantes vacilantes ou sem experiência acumulada para entender mais este golpe e, por último, criminalizar os estudantes que estão na linha de frente do movimento, preparando e executando sua expulsão da Unifesp!

A contradição que não quer calar

Todo este aparato não se envergonha de jogar para debaixo do tapete, de forma covarde, o motivo que causaram todos os conflitos desde 2007: precarização (ver pauta dos estudantes e docentes); corrupção (ex-reitor), incompetência e manobras diversas, isto sim uma violência explícita contra uma universidade pública, gratuita, universal e de boa qualidade!

A exemplo da discussão nacional sobre a “comissão da verdade”, inverte-se a lógica das violências, punindo claramente o movimento estudantil com manobras vergonhosas e repressivas, a exemplo do golpe militar de 1964!

TODOS AO CAMPUS DE GUARULHOS. VAMOS ENFRENTAR ESTA VIOLÊNCIA IDEOLÓGICA E A VIOLÊNCIA FÍSICA QUE ALGUNS REACIONÁRIOS ESTÃO PREPARANDO PARA IMPOR UMA DERROTA AO LEGÍTIMO MOVIMENTO GREVISTA DE 2012!

Assinam essa carta o coletivo de alunos presentes no comando de greve do dia 23 de maio de 2010.

10 pensou em “A Mentira está Armada

  1. É incrível: todos os tópicos abordados nesse texto mais parece uma autocrítica kkkkkkkkkkkkk

  2. Qualquer semelhança desse artigo com o movimento grevista do campus UNIFESP pimentas é mera coincidência. Ou não.

  3. FIM DA VIOLENCIA INSTITUCIONALIZADA VOLTADA A CRIMINALIZACAO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL NO CAMPUS GUARULHOS PIMENTAS!

    Numa atitude inédita dezenas de DOCENTES, contrariando decisão anterior da própria assembleia da categoria, assinaram a CARTA DOCENTE DE REPUDIO AOS ATOS DE VIOLENCIA, datada de 21 de maio de 2012.

    Esta carta será motivo de muitas analises, uma vez que estranha o fato de que muitos signatários sempre votaram contra qualquer atitude de repressão ao MOVIMENTO ESTUDANTIL, salvo aqueles velhos e já conhecidos ESCOLASTICOS ACADEMICISTAS da CONGREGACAO.

    Na assembleia geral convocada pela ADUNI FESP os votos pela abstenção foram dos DOCENTES DO CAMPUS DE GUARULHOS, levando esta decisão para a próxima assembleia geral a ser realizada no dia 25 de maio de 2012, exatamente um dia após a ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES em greve a mais de 60 (sessenta) dias, convocada para o dia de hoje (24.05.2012), às 19 horas.

    Sabemos que os ATOS DE VIOLENCIA COMETIDO POR SETORES TRUCULENTOS do movimento estudantil, composto por parte da ATLETICA E DO GRUPO CONTRAPONTO e um candidato a prefeito em Santo Andre, alem dos conhecidos ALPHACETES ESCROTINHOS ANONIMOS (grupo que se revelou na CRISE como PRECONCEITUOSO, MACHISTA-PORCO-CHAUVINISTA e prático-utilitários) estarão sendo POTENCIALIZADOS PELO SALVO CONDUTO de dezenas de DOCENTES, quando continua de forma desesperada tentando a tudo custo CRIMINALIZAR O MOVIMENTO ESTUDANTIL.

    Mais estranho ainda fica a atitude deste GRUPO DE DOCENTES QUE RESPALDAM O DIRETOR ACADEMICO num cenário que se encaminhava para uma NEGOCIACAO envolvendo varias partes, tais como o MOVIMENTO ESTUDANTIL, PRO-REITORIA DE ASSUNTOS ESTUDANTIS, MEC e parlamentares que estão apoiando o MOVIMENTO GREVISTA DE 2012.

    Esta violência REPROVADA NA PROPRIA ASSEMBLEIA DOS DOCENTES devera ser amplamente debatida.

    Conforme fatos anteriores a pratica deste GRUPO DE DOCENTES E DIRETORIA ACADEMICA e a de JOGAR GASOLINA NA FOGUEIRA, provocando gratuitamente e no CAMPO MORAL OS ESTUDANTES QUE ESTAO NA LINHA DE FRENTE DO MOVIMENTO.

    Inclusive com MANOBRAS AMADORAS quando dizem que apoiam o legitimo movimento estudantil, mas já JULGARAM, CONDENARAM e pretendem EXECUTAR as principais lideranças em cima de FACTOIDES, sem EFETIVAMENTE discutir qual seria a questão de fundo.

    Esta questão de fundo fica para outra oportunidade, agora o momento e de um grande debate na assembleia de hoje, colocando esta questão para que os ESTUDANTES FACAM SEU JUIZO DE VALOR E DECIDAM OS RUMOS DA GREVE DE 2012, ATE AGORA VITORIOSA, vide as PROMESSAS QUANTO A PAUTA, salvo a questão do FIM DA CRIMINALIZACAO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL, ATRAVES DA VELHAS E CONHECIDAS MANOBRAS NO CAMPO DA MORAL!

  4. Que chatice já está virando essa coisa toda… isso é falta de autoridade com mão firme nesse país… nunca que na terra do Obama isso aconteceria: um espaço público ficar em poder de meia dúzia de desocupados!

    • Disse tudo!!!! Já tinham metido borracha e pepper spray!!!! Delicia ver a vagabundaiada apanhando!!!

  5. Uma notícia que desmente a falácia acima

    A HORA SE APROXIMA EM WISCONSIN

    19 de fevereiro de 2011 | Democracy Now!
    O estado de Wisconsin está localizado na região dos lagos no Meio-Oeste dos EUA. Esta região dos lagos tem sido, tradicionalmente, o coração industrial e agrícola do país. Do outro lado do lago Michigan se encontra a cidade de Detroit, berço da indústria automobilística do país. Wisconsin é talvez um estado mais agrícola, conhecido por seus produtos lácteos em geral e pelo queijo, em particular, embora tenha sido, e, em certa medida continua a ser, um estado cuja economia se baseia na manufatura e na fabricação de ferramentas. Do ponto de vista político, Wisconsin é um estado peculiar, sendo o berço do senador republicano anti-comunista Joseph McCarthy, mas também é o berço do AFCSM, um dos maiores sindicatos de funcionários públicos e de enfermeiros do país.
    Desde janeiro de 2011, Wisconsin tem um governador republicano, Scott Walker. Walker, que era o candidato “moderado” do Partido Republicano, ocupou o cargo, e com uma sólida maioria na Assembleia Legislativa, concedeu uma anistia fiscal para empresas multinacionais que custou aos cofres do Estado 170 milhões de dólares. Para compensar esse presente, o governador Walker decidiu unilateralmente suspender os direitos de negociação de todos os sindicatos de trabalhadores públicos e dobrar a quantidade de contribuições que estes fazem ao fundo de pensão. A legislação trabalhista regula as relações das empresas privadas a nível federal, mas delega a regulamentação dos funcionários públicos a cada um dos estados. Assim, Walker tem todo o poder legislativo nas suas mãos para impor medidas draconianas que tornam literalmente impossível a continuidade dos sindicatos no setor público. Entre outras medidas, Walker quer forçar os sindicatos a convocar um referendo para legitimá-los anualmente, proibir os descontos em folha de contribuições sindicais, e dramaticamente restringir os direitos de negociação dos sindicatos.
    Como se houvesse qualquer dúvida de suas intenções, Walker chamou a Guarda Nacional para reprimir qualquer manifestação de protesto. No entanto, os cidadãos de Wisconsin tomaram as ruas para desafiar o estado de sítio imposto pelo governador. 30 mil estudantes entraram em greve. Na cidade de Madison, sede do governo do estado, se viu inundada por milhares de manifestantes de todo o estado, e os professores declararam uma greve por tempo indeterminado, os estudantes do sindicato de professores da Universidade de Wisconsin em Madison ocuparam os jardins do Capitólio com um acampamento de protesto e, talvez mais importante, os cidadãos de Wisconsin estão cem por cento com seus professores, policiais, bombeiros, trabalhadores municipais, porteiros e funcionários públicos. O Green Bay Packers, time local de futebol americano, fulminante campeão do Super Bowl (o campeonato nacional) emitiu uma declaração expressando seu apoio aos trabalhadores e aos protestos; várias igrejas também declararam o seu apoio. Os democratas no Congresso, ante a avalanche de protestos, estão viajando para fora do estado para ter uma desculpa legal para não comparecer à votação, na qual essas medidas seriam aprovadas.
    No resto do país organizaram-se manifestações em apoio aos protestos de Wisconsin. Ainda é muito cedo para dizer se o protesto pode se espalhar. O que fica claro é que o neoliberalismo só pode avançar ou sustentar-se em uma corrida adiante, exigindo mais privatizações no setor público, aumentando a idade da aposentadoria, o valor das contribuições para o fundo de pensão, desarmando os sindicatos para impor cortes salariais.
    Os protestos de Wisconsin são apenas a ponta do iceberg, formam parte de um ataque aos poucos sindicatos e instituições públicas do país que ainda estão de pé, perfeitamente planejado pela maioria republicana, tanto a nível federal quanto estadual. Esta nova maioria ultra-liberal conta, por mais que insistam em disfarçar, com o apoio explícito do governo Obama que, entre outras coisas, acaba de aprovar o orçamento mais regressivo da história econômica desde os governos Reagan e Eisenhower. A questão é quanto tempo o povo norte-americano pode tolerar este nível de agressão. Pode ser que em Wisconsin acendeu-se o pavio de uma grande rebelião, é uma questão de tempo.

    • Deixa o tio Google em paz! Para com esse plagio verborragico de crtl c crtl v!!!!

  6. Obama é somente outro individuo infeliz, é a maldita social democracia que está destruindo não somente a Europa como também os Estados Unidos e todas as grandes nações.
    Mitt Romney neles!

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