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Estudantes da Unifesp, em greve há 33 dias, cobram audiência com a Reitoria

Administração da Universidade Federal de São Paulo ainda não estabeleceu data para audiência com estudantes

Por: Vanessa Ramos, da Rede Brasil Atual

São Paulo – Com 33 dias de greve, os estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no campus de Guarulhos pressionam o reitor Walter Manna Albertoni para uma audiência com os alunos a fim de solucionar os problemas apresentados pelo movimento estudantil desde 22 de março, quando teve início o movimento. Na última sexta-feira (20), mais de 300 alunos fizeram marcha até a reitoria e, durante cinco horas de protesto, entregaram carta ao reitor com as pautas de reivindicação e pedido de audiência. Sobre a solicitação, a reitoria informou, na manhã de hoje (23), que ainda não estabeleceu as datas para a audiência com os estudantes, conforme solicitado no documento.

As principais cobranças do movimento são pela construção de um prédio definitivo do campus que abriga a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), a transparência nos processos burocráticos da universidade, melhorias no transporte e na moradia estudantil no entorno.

Sobre as reinvindicações, no último dia 10 foi entregue uma resposta aos estudantes por meio de carta assinada pelo diretor acadêmico, Marcos Cezar de Freitas. O estudante Jonatas Santiago, representante do movimento estudantil da Unifesp, afirma que não se considera válida a resposta dada Unifesp. “Ela é uma repetição da resposta de 2010. E desde então pouco ou nada foi feito com relação às reivindicações”, diz. 

Entre as cobranças, a construção de um novo prédio é a principal pauta do movimento. Além da reivindicação pelo início das obras, os estudantes criticam que, no final do ano passado, o terreno onde deveria ter sido construído o prédio foi cercado por tapumes da construção civil, de forma que os novos alunos pensassem que a construção estava em andamento, o que, segundo eles, não estava ocorrendo.

Por causa das chuvas constantes, os tapumes caíram. Na última quarta-feira (18), os estudantes, em ato, construíram um prédio de madeira para simbolizar o edifício não construído. Por causa desse ato, a diretoria acadêmica considerou a retirada dos tapumes como depredação do patrimônio público e pretende processar os alunos envolvidos.

Em nota, o reitor Walter Manna Albertoni afirma que “a reitoria apoia e se solidariza com a diretoria do campus e apela aos alunos que as manifestações do movimento estudantil não se transformem em atos de vandalismo ou de danos ao patrimônio público”. Diz, também, que a atual gestão “sempre esteve aberta às negociações, de forma democrática, para atender às justas reivindicações”.

Hoje pela manhã, funcionários que não quiseram se identificar afirmaram que o diretor acadêmico, Marcos Cezar de Freitas, deu ordem aos funcionários acompanhados pela equipe de segurança para que retirem os piquetes dos alunos formados por cadeiras e tranquem as salas de aulas.

Para Santiago, “isso é uma estratégia para provocar o movimento estudantil e futuramente criminalizá-lo. Parece que a intenção deles é fazer com que nós forcemos a abertura das salas e, então, eles possam abrir processo contra o movimento”. O movimento reitera a necessidade do agendamento imediato de audiência pública com reitor.

(http://www.redebrasilatual.com.br/temas/educacao/2012/04/estudantes-da-unifesp-em-greve-por-33-dias-cobram-audiencia-com-a-reitoria/?searchterm=unifesp)

 

Audiência Pública com o diretor acadêmico

Aconteceu no dia 10 de abril uma audiência pública entre estudantes e o diretor acadêmico da Unifesp Campus Guarulhos,  Profº Drº Marcos Cezar de Freitas. Durante o debate foram discutidas questões centrais do nosso movimento.

Segue o vídeo com parte do debate:

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