Jornal do Brasil – 26/05

 Sem estrutura, Universidade Federal tem aulas em escola infantil em São Paulo

A falta de estrutura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de Guarulhos obrigou parte de seus 3.070 alunos a assistir às aulas em uma escola municipal vizinha. As salas do campus são abafadas, o refeitório foi improvisado num galpão de madeira e 30 mil livros estão encaixotados sem lugar para colocá-los. Um novo edifício foi prometido em 2007, mas nunca saiu da promessa. Devido às condições da universidade, há dois os alunos decidiram entrar em greve. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Para protestar, os estudantes ocuparam a diretoria acadêmica, como fizeram em 2007. Além disso, 14 salas do Centro de Ensino Unificado (CEU) do bairro de Pimentas estão sendo usadas todas as tarde e noites, por 500 estudantes da Unifesp. A escola, que atende 700 alunos, ainda possui telecentro e piscinas. A convivência entre universitários e crianças faz com que discussões de filosofia tenham de ser feitas em meio ao recreio. Segundo o diretor do campus, Marcos Cezar de Freitas, a licitação do prédio novo acaba de ser concluída, e será publicada em até 15 dias. Ele também afirma que outro edifício foi alugado para fornecer mais 14 salas, hoje a universidade tem 28.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2012/05/26/sem-estrutura-universidade-federal-tem-aulas-em-escola-infantil-em-sao-paulo/

Professores ocupam reitoria em universidade de Ouro Preto

Greve por melhoria na carreira de docentes teve início nesta quinta-feira junto com paralisação nacional

As ruas da histórica cidade de Ouro Preto foram tomadas nesta tarde de quinta-feira por professores grevistas, comoparte da paralisação nacional. Depois de concentração na Praça Tiradentes, centenas de professores da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) seguiram para a reitoria da entidade na tentativa de levar reivindicações formais de melhoria nas condições de trabalho.

Foto: Divulgação Professores da Universidade Federal de Ouro Preto decidiram participar de greve nacional

Alunos a favor da greve também acompanharam os docentes em manifestação pacífica na cidade, que fica a 100 quilômetros da capital, Belo Horizonte.

Em redes sociais, estudantes manifestaram apoio aos professores e prometiam ocupar a reitoria. A universidade, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a manifestação é tranquila e sem intenção de ocupação, apenas tem como objetivo apresentar formalmente à reitoria propostas para melhoria das condições do trabalho na universidade.

Também conforme informações da assessoria de imprensa da UFOP, a intenção dos professores é mostrar a força do movimento grevista, mas as reivindicações são nacionais e só podem ser atendidas pelo Governo Federal. A UFOP ainda não tem oficialmente uma estimativa de adesão de professores à greve, mas prevê uma paralisação praticamente total, graças às diversas manifestações de força do movimento ao longo dos últimos dias. A instituição estima que pelo menos 300 pessoas tenham saído às ruas para apoiar os professores nesta tarde.

A expectativa é de que o reitor em exercício da UFOP, Antenor Barbosa, receba um grupo de professores do comando grevista ainda nesta quinta-feira, para ouvir as reivindicações e levá-las ao Ministério da Educação. Entre as reivindicações, destaca-se um novo de plano de carreira para os docentes. A greve dos professores da UFOP foi decidida em assembleia da categoria na última terça-feira (15) (foto).

Além da UFOP, em Minas Gerais, aprovaram greve, a partir deste 17 de maio, as seguintes entidades: Cefet-MG SINDCEFET-MG; Uberlândia ADUFU; Triângulo Mineiro (Uberaba) ADUFTM; Juiz de Fora APES-JF; Viçosa ASPUV; Lavras ADUFLA; Ouro Preto ADUFOP; S. João Del Rei ADFUNREI; Diamantina SINDFAFEID; Alfenas ADUNIFAL.

Fonte: IG

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-05-17/professores-ocupam-reitoria-em-universidade-de-ouro-preto.html

Docentes da Unifesp de Diadema realizam paralisação nesta quinta-feira (10)

Docentes da Unifesp de Diadema realizam paralisação nesta quinta-feira (10)

Notícia

Uma paralisação de 24 horas está sendo realizada pelos docentes da Unifesp de Diadema nesta quinta-feira, 10 de maio. O intuito é reunir as professoras e professores das quatro unidades do campus, para debater temas como carreira, salários, previdência e qualidade educacional, além do indicativo nacional de greve aprovado pelo setor das universidades federais do ANDES-SN. As atividades acontecem no anfiteatro José de Filippi, na unidade Eldorado, das 9 às 17 horas. No período da noite também não haverá aulas.

Um dos principais debates será relativo à reestruturação da carreira dos docentes das universidades federais, atualmente em negociação entre o governo e representantes dos professores. A proposta do ANDES-SN e a apresentada pelo governo federal estão na pauta. A ideia é não apenas debater a repercussão direta para a categoria, mas também seu impacto na qualidade da educação de maneira mais ampla. Uma mudança prejudicial aos docentes, por exemplo, poderia afastar professores e pesquisadores das Instituições Federais de Ensino Superior.

O Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Federais, Funpresp, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, será debatido a partir de uma explanação da Assessoria Jurídica da Adunifesp-SSind. Os servidores federais que ingressarem a partir de agora terão garantida a aposentadoria integral apenas até o limite do teto do INSS, hoje em R$ 3.916. Para um valor acima deste, os servidores deverão contribuir ao fundo de previdência complementar. O ANDES-SN e outras entidades repudiaram essa medida de privatização e pretendem ingressar na Justiça com uma ação de inconstitucionalidade.

A tramitação dos Projetos de Lei 2203 e 2134 também está na pauta. O primeiro foi fruto do acordo entre governo e entidades dos docentes federais, assinado em agosto de 2011, e estipula a incorporação das Gemas ao salário base e aumento de 4% sobre toda a remuneração, a partir de março. A matéria aguarda aprovação do Congresso Nacional e o governo garante que após a votação os benefícios serão retroativos. Já o segundo PL trata da criação de novas vagas de docentes, servidores técnico-administrativos, cargos de direção e funções gratificadas nas universidades federais, medida mais que urgente e que atualmente encontra-se em tramitação no Senado.

Por fim, os docentes do campus Diadema da Unifesp debaterão o indicativo de greve nacional a partir do dia 17 de maio e encaminharão outras iniciativas de mobilização da categoria.

Saiu na mídia: Alunos da Unifesp ocupam prédio da diretoria em Guarulhos

Estudantes estão em greve desde 22 de março e pedem melhora na estrutura de instituição

Cerca de 250 estudantes ocuparam o prédio da diretoria do campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) na noite desta quinta-feira (3). Os alunos estavam em greve desde o dia 22 de março. Entre as reivindicações estão melhora da estrutura da Instituição, que, segundo eles, é precária.

Os estudantes, que não quiseram se identificar, contam que construíram um barraco com tapumes em um galpão onde deveria ser construído o prédio dos cursos de letras, história, filosofia, história da arte, pedagogia e ciências sociais. Segundo eles, o ato foi repreendido por policiais federais.

— O nosso barraco mostrava a estrutura dos nossos prédios, que é, na verdade, nenhuma. Eles [policiais federais] falaram que estávamos degradando patrimônio público.

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Os membros da comunicação da greve afirmam que entregaram à diretoria uma carta com as propostas de negociação, mas que não tiveram resposta. O grupo diz ainda que a ocupação continuará por tempo indeterminado.

— Ficaremos aqui até que alguém venha negociar com a gente. Queremos as mesmas coisas de antes: estrutura e, agora, pedimos que os estudantes também sejam descriminalizados.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Unifesp informou que membros da diretoria acadêmica e representantes da reitoria irão até o local ainda nesta sexta-feira (4).

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fonte: http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/alunos-da-unifesp-ocupam-predio-da-diretoria-em-guarulhos-20120504.html

Saiu na mídia: Em greve, alunos invadem prédio da Unifesp em Guarulhos

Estudantes alegam falta de diálogo com a reitoria; paralisação começou dia 22 de março

Sábado, 04 de Maio de 2012, 16h59

http://greveunifesp.wordpress.com

Em greve, alunos invadem prédio da Unifesp em Guarulhos

Alunos ocuparam prédio ontem à noite

Cristiane Nascimento, Especial para o Estadão.edu

SÃO PAULO – Cerca de 80 alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos ocuparam o prédio da diretoria acadêmica do câmpus na noite desta quinta-feira, 3. Os universitários, em greve desde o dia 22 março, reivindicam moradias estudantis, a construção de um novo prédio para a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) e a retirada de processos de sindicância abertos contra 48 estudantes que invadiram a diretoria durante outra paralisação, em 2008.

Segundo o aluno de Filosofia Pedro Almeida, de 25 anos, a ocupação foi deliberada em reunião do comando de greve, da qual participaram cerca de 150 estudantes. Ele diz que desde o início da paralisação os alunos solicitam uma audiência pública com o reitor Walter Manna Albertoni. O não atendimento do pedido foi o principal motivo para a invasão. “Desocuparemos o prédio quando o reitor se abrir ao diálogo e ouvir as nossas reivindicações”, disse. Os estudantes se revezam na ocupação do prédio.

Procurada, a assessoria da Unifesp informou que o diretor acadêmico e o vice-reitor da universidade estão reunidos com os grevistas desde o final da manhã desta sexta e que acredita no sucesso do diálogo e no término da ocupação até o final do dia.

fonte: http://m.estadao.com.br/noticias/vidae,em-greve-alunos-invadem-predio-da-unifesp-em-guarulhos,868741.htm

 

Saiu na mídia: Estudantes ocupam prédio da Unifesp em Guarulhos

Alunos invadiram prédio da diretoria acadêmica na noite desta quinta.
Segundo movimento, sindicância sobre greve motivou ocupação.

Estudantes do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista, invadiram e ocuparam o prédio da diretoria acadêmica na noite desta quinta-feira (3). Segundo os estudantes, que estão em greve desde o fim de março, a ocupação foi motivada pela negativa da reitoria em negociar com os alunos as reivindicações e pela decisão da congregação de professores de abrir uma sindicância para investigar os alunos envolvidos na greve.

Por meio de nota, o reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Walter Manna Albertoni, confirmou a ocupação ocorrida em 3 de maio na Diretoria Acadêmica do Campus Guarulhos. Ele afirma que as negociações com os grevistas estão ocorrendo desde o final da manhã desta sexta (04) e acredita no sucesso do diálogo e no término da ocupação.

De acordo com o estudante de filosofia Laerte Cameschi, de 28 anos, entre 30 e 40 alunos ocuparam o prédio por volta das 22h desta quinta. Segundo ele, os estudantes, em greve desde o dia 22 de março, reivindicam a retirada de processos abertos contra 48 alunos que ocuparam a diretoria da universidade em 2008; a construção imediata de um prédio próprio para as aulas em Guarulhos; e moradia estudantil, entre outros itens.

Desde o início da greve os estudantes têm pedido uma audiência pública com o reitor, o que ainda não aconteceu. “Ontem o pró-reitor de assuntos estudantis foi até a universidade para negociar com os alunos, mas não tivemos nenhuma resposta concreta. Queremos falar com o reitor”, disse Cameschi.

Outra motivação para a ocupação, segundo os estudantes, foi a decisão tomada em uma congregação de professores de abrir uma sindicância para investigar todos os alunos envolvidos na greve – que pode levar à expulsão dos estudantes. “Houve uma reunião do comando de greve, foi deliberado pela ocupação, a maioria votou a favor”, disse o aluno.

Segundo Cameschi, um dos motivos que fez os estudantes entrarem em greve foi a possibilidade de a universidade transferir o campus de Guarulhos para o Centro da capital paulista. O estudante também informou que entre as reivindicações dos estudantes para desocupar o prédio está a demissão do diretor acadêmico responsável pelo campus, Marcos Cezar de Freitas.

O jovem não soube informar a situação do prédio na manhã desta sexta-feira. No campus de Guarulhos da Unifesp fica a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

fONTE: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/estudantes-ocupam-predio-da-unifesp-em-guarulhos.html

Tragicômico – é disso que o Brasil precisa

Só esqueceram de contar sobre sobre os problemas estruturais básicos, como a inexistência de um prédio, moradia, restaurante universitário, transporte, biblioteca, laboratório de informática, xerox, inexistência de laboratório de línguas, prédios construídos as pressas onde o teto desaba, falta de professores… Mas, esses são meros detalhes.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=msYqK9KfdoY]

No blog do JUNTOS!: Unifesp em greve!

por Andreza Maciel Figueiredo, Arlley Parreira e Iann Longhini*

A situação na Universidade Federal de São Paulo está crítica, problemas estruturais nos campi de expansão são gritantes. Para termos uma ideia, o teto do prédio recém-inaugurado da Baixada Santista desabou, os estudantes de Osasco não possuem salas de aula e até o campus São Paulo sofre com infraestrutura, com o problema de incêndio no bandejão, entre outros.

Aqui nos Pimentas, percebemos que o descaso é ainda maior! Desde 2007 foi nos prometido um prédio que até agora não saiu do papel, milhares de livros estão ao relento por não possuírem local para ao menos serem armazenados, nosso bandejão, que já não atendia a demanda dos estudantes em 2011, agora com a entrada de mais de 500 estudantes nesse ano, fica inviável arriscar um lugar, tendo muitos alunos que comer nas partes externas com o prato na mão. Sem mencionarmos as salas de aula inexistentes, pois quando o professor chega para dar aula, já existe outra disciplina sendo ministrada na mesma. Por isso, algumas aulas são ministradas desde 2010 no CEU-Pimentas, ano em que foi inaugurado. Este que é destinado à população guarulhense, é ocupado por estudantes e salas de aula da Universidade Federal de São Paulo. Somos contra a utilização do CEU por isso: o CEU é da população!

Na Unifesp não há espaço ou equipamentos necessários para o desenvolvimento desejado de pesquisas científicas ou grupos de estudos. O laboratório de informática opera apenas com resquícios de internet, superlotando em épocas de prova e, assim, impossibilitando impressões, uma vez que geralmente apenas uma das máquinas funciona regularmente. A xérox avoluma filas gigantescas em todo início e final de semestre, fazendo com que seja impossível xerocar os textos da aula sem desperdiçar pelo menos meia-hora esperando.

Frente a tudo isso, no dia 22 de março os alunos reunidos em assembleia decidiram por paralisar as atividades acadêmicas reivindicando o fim do imbróglio burocrático para a construção do prédio, melhorias estruturais e paridade nos órgãos burocráticos da universidade. O movimento ganhou força e na assembleia seguinte mais de 80% dos estudantes decidiram pela continuidade da greve. Com quórum também recorde os professores decidiram por paralisação com tempo determinado de uma semana a partir de assembleia que será realizada para ratificar o movimento dos professores em 11/04.
O que os alunos estão fazendo, talvez, seja um movimento contrário dos professores, pois alguns colegiados se reuniram e apoiaram a saída da Unifesp do Bairro dos Pimentas, enquanto os estudantes têm isso como uma de suas bandeiras principais e realizaram um ato no dia 28/03 com o tema “derruba o muro, a Unifesp é de todo mundo” e um vídeo para que a Unifesp permaneça no bairro. Mas o movimento não se restringiu somente a Guarulhos, a luta dos estudantes da Unifesp-Guarulhos busca cada vez mais ampliar-se e pluralizar-se, como pela realização de um flash mob na Av. Paulista, no dia 03/04, pelo projeto de unificação de todas as universidades federais que vivem uma situação parecida, o que não é à toa, mais de 20 universidades federais entraram em greve nos últimos anos.

Além de tudo isso, com o Sisu, estudantes oriundos de todas as partes do Brasil chegam para estudar em São Paulo, porém, existem dificuldades para a permanência destes estudantes e de todos os outros no campus que precisam de algum tipo de auxílio-permanência. A dificuldade de acesso pela precariedade de transporte público, ou pela escassez de auxílios estudantis e constantes atrasos nos pagamentos dos beneficiados fazem com que o campus Guarulhos seja um dos maiores em evasão em toda Unifesp. Pesquisa realizada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis revela que a maioria da família dos estudantes do campus Pimentas tem renda inferior a cinco salários, porém, não é o campus que recebe mais assistência.

Estamos na luta para que Estudantes, Professores e Funcionários estajam JUNTOS! na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade!

Estamos JUNTOS! por:

– Uma democratização de fato da universidade pública (hoje 80% dos alunos do ensino superior estudam em instituições privadas, o que denota o avanço constante do ensino privado, pela falta de qualidade e de vagas no ensino público);

– Por infra-estruturas e condições adequadas às universidades públicas de um país que se diz a 6ª economia do mundo, mas 84º IDH e 88º educação;
– Por uma estrutura tripartite de poder na universidade pública, por conselhos universitários que representem a totalidade da comunidade acadêmica, e não os atuais fantoches que apenas legitimam as decisões da burocracia acadêmica.

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*Andreza Maciel Figueiredo, Arlley Parreira e Iann Longhini são estudantes da Unifesp-Guarulhos dos cursos de Letras, Filosofia e Ciências Sociais, respectivamente e são militantes do Juntos! Por outro Futuro

fonte: http://juntos.org.br/2012/04/unifesp-em-greve/