Docentes do campus Guarulhos da Unifesp aderem greve nacional das federais.

Em assembleia docente realizada hoje, 25/05/2012, os docentes do campus Guarulhos da Unifesp decidiram por paralização por tempo indeterminado.

40 votos a favor, 3 contra e 6 abstenções.

Greve discente, docente, nacional. Greve geral!

Comando de Greve com Ocupação – Guarulhos.

Greve docente é deflagrada no campus de Diadema da Unifesp

Notícia – Adunifesp

Os professores do campus Diadema decidiram em assembleia entrar em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (17). A paralisação é parte da greve nacional dos docentes das universidades federais deflagrada esta semana em dezenas de Instituições. Mais de quarenta professores participaram da plenária, que referendou a decisão tomada na assembleia do último dia 10, na qual quase cem docentes haviam deliberado pelo indicativo de greve no campus. Os professores de Diadema devem voltar a se reunir em assembleia na próxima segunda-feira (21), às 12 horas, para dar continuidade às mobilizações. Já os estudantes realizarão uma assembleia nesta sexta-feira (18), para deliberar um posicionamento em relação ao movimento docente.

Os demais campi da Unifesp realizam assembleias locais até o dia 21 de maio, e uma assembleia geral convocada pela Adunifesp para a terça-feira (22) decidirá a deflagração da greve em toda a Instituição. As assembleias acontecem quinta-feira (17) na Baixada Santista; sexta-feira (18) em São Paulo; e segunda-feira (21) em Osasco e São José dos Campos. Os docentes de Guarulhos farão uma reunião não deliberativa na terça-feira (22) na sede da Adunifesp.

A pauta central da greve é a carreira docente. Negociações entre entidades dos professores e representantes dos Ministérios do Planejamento e da Educação acontecem desde setembro de 2011 em um Grupo de Trabalho (GT) sobre o tema, mas não há avanços e o governo mantém basicamente a sua proposta inicial, um grande retrocesso para categoria e para as universidades federais. O ANDES-SN e o movimento nacional docente reivindicam negociações reais sobre a restruturação da carreira. Outras pautas também estão presentes na mobilização como melhores condições de educação e trabalho nas federais, em especial nas novas unidades, que muitas vezes carecem das demandas mais básicas.

Nesta sexta-feira (18), docentes e estudantes da Unifesp de Diadema realizariam um protesto vestindo-se de preto durante a inauguração no campus da Unidade José de Alencar, na antiga indústria metalúrgica, Conforja. A unidade é composta por dois novos prédios, que irão abrigar laboratórios de pesquisa e atividades de graduação. A solenidade estava marcada para o período da manhã e contaria com a presença de autoridades não só da Unifesp, como do município e do Estado, e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e da presidenta Dilma Rousseff.

Entretanto, a solenidade acabou desmarcada de última hora devido, de acordo com a Diretoria Acadêmica do campus, a problemas de agenda da Presidente da República. A assessoria de Dilma teria avisado apenas tarde da noite de ontem e não houve tempo suficiente para comunicar a todos sobre o cancelamento. Estima-se que cerca de 200 pessoas compareceram à Instituição para a solenidade e encontraram os portões fechados. Após negociação, a entrada de professores e estudantes acabou liberada.

No ato de protesto que seria realizado durante a inauguração, os docentes entregariam uma carta ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na qual apresentariam suas reivindicações acerca da carreira e explicariam os motivos que os levaram a entrar em greve. A íntegra do documento pode ser vista a seguir.

http://www.adunifesp.org.br/artigo/greve-docente-e-deflagrada-no-campus-de-diadema-da-unifesp

APROVADO INÍCIO DA GREVE DOS PROFESSORES DE UNIVERSIDADES

Professores presentes na reuniões do Setor das IFES do ANDES-SN ontem, dia 12 de maio, aprovaram a deflagração da greve da categoria no dia 17 de maio. Participaram 40 das 67 Seções Sindicais do ANDES-SN nas universidades e institutos federais, com 60 professor@s debatendo a importância da greve para que o governo atenda nossa pauta – que vai muito, mas muito além de 4% de acréscimo no nosso salário. Queremos ser valorizad@s pelo nosso trabalho, queremos condições dignas e educação pública de qualidade.

Veja os encaminhamentos da reunião:

1. Greve nacional dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior por tempo indeterminado a partir do dia 17 de maio.

2. Agenda:
14/15 de maio, rodada nacional de Assembleias;
15 maio, GT carreira docente;
16 de maio, reunião do Fórum dos SPFs com o governo;
17 de maio, instalação do comando nacional de greve, as 14h na sede do ANDES-SN;
17 de maio: instalação dos Comandos Locais de Greve
3. Pauta: Explicativo no item 1 da pauta – Carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso correspondente ao salário mínimo do DIEESE/20h, e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho; Destaque no item 2 para as pautas locais.

É muito importante que façamos um esforço para estarmos presentes às Assembleias de deflagração da greve que ocorrerão por todo o país nesta semana. Precisamos ter Assembleias representativas, principalmente porque o governo já acenou com a publicação de uma MP em caráter de urgência na 2ª feira que atende a uma parte do acordo firmado em agosto do ano passado – incorporação da GEMAS/Gedbt e aumento de 4% (que sequer repõe a inflação do período), mas deixa de fora a nossa carreira e os adicionais de insalubridade e periculosidade. A avaliação comum durante a reunião do Setor das IFES de ontem é de que este gesto é mais uma cortina de fumaça levantada pelo governo para tentar impedir a greve que, neste momento, seria extremamente prejudicial a ele. Além disso, abortar a greve dos docentes das IFES servirá também de freio para a deflagração da greve de outras categorias dos SPF, notadamente aquelas ligadas à Educação, como o SINASEFE e a FASUBRA.

As Universidades que ainda não aprovaram o indicativo de greve deverão construir a sua mobilização visando a entrada em greve o mais rápido possível. Portanto, é fundamental que também estejamos presentes nestas universidades, chamando outros docentes para esta construção.

E VAMOS À LUTA!

www.andes.org.br

Docentes da Unifesp de Diadema realizam paralisação nesta quinta-feira (10)

Docentes da Unifesp de Diadema realizam paralisação nesta quinta-feira (10)

Notícia

Uma paralisação de 24 horas está sendo realizada pelos docentes da Unifesp de Diadema nesta quinta-feira, 10 de maio. O intuito é reunir as professoras e professores das quatro unidades do campus, para debater temas como carreira, salários, previdência e qualidade educacional, além do indicativo nacional de greve aprovado pelo setor das universidades federais do ANDES-SN. As atividades acontecem no anfiteatro José de Filippi, na unidade Eldorado, das 9 às 17 horas. No período da noite também não haverá aulas.

Um dos principais debates será relativo à reestruturação da carreira dos docentes das universidades federais, atualmente em negociação entre o governo e representantes dos professores. A proposta do ANDES-SN e a apresentada pelo governo federal estão na pauta. A ideia é não apenas debater a repercussão direta para a categoria, mas também seu impacto na qualidade da educação de maneira mais ampla. Uma mudança prejudicial aos docentes, por exemplo, poderia afastar professores e pesquisadores das Instituições Federais de Ensino Superior.

O Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Federais, Funpresp, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff, será debatido a partir de uma explanação da Assessoria Jurídica da Adunifesp-SSind. Os servidores federais que ingressarem a partir de agora terão garantida a aposentadoria integral apenas até o limite do teto do INSS, hoje em R$ 3.916. Para um valor acima deste, os servidores deverão contribuir ao fundo de previdência complementar. O ANDES-SN e outras entidades repudiaram essa medida de privatização e pretendem ingressar na Justiça com uma ação de inconstitucionalidade.

A tramitação dos Projetos de Lei 2203 e 2134 também está na pauta. O primeiro foi fruto do acordo entre governo e entidades dos docentes federais, assinado em agosto de 2011, e estipula a incorporação das Gemas ao salário base e aumento de 4% sobre toda a remuneração, a partir de março. A matéria aguarda aprovação do Congresso Nacional e o governo garante que após a votação os benefícios serão retroativos. Já o segundo PL trata da criação de novas vagas de docentes, servidores técnico-administrativos, cargos de direção e funções gratificadas nas universidades federais, medida mais que urgente e que atualmente encontra-se em tramitação no Senado.

Por fim, os docentes do campus Diadema da Unifesp debaterão o indicativo de greve nacional a partir do dia 17 de maio e encaminharão outras iniciativas de mobilização da categoria.