CARTA DE APOIO FEUSP

Moção de apoio a greve estudantil da UNIFESP – Guarulhos

ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO!

O Centro Acadêmico Professor Paulo Freire (CAPPF) da Faculdade de Educação da USP, decidiu em Reunião Ordinária na sexta-feira (23/03/2012) o apoio à greve estudantil da Universidade Federal de São Paulo – Campus Guarulhos (UNIFESP), aprovada em assembleia geral na quinta-feira (22/03/2012), assim como todas as suas reivindicações: problemas estruturais, permanência estudantil, precarização e terceirização do trabalho e contra os processos movidos a estudantes.
Há falta de prédios e salas para abrigar os cursos e secretarias, falta de bilbioteca adequada, sala de informática e xerox incompatíveis com a demanda dos estudantes e restaurante universitário impróprio. Não há moradia estudantil. O programa de apoio à permanência NAE (Núcleo de Apoio Estudantil) possui déficit de funcionários, o que dificulta a distribuição de bolsas auxílio. O movimento estudantil também exige o aumento do número de bolsas; encaminhamentos médicos e psicológicos; melhorias no transporte dos estudantes.
Os estudantes da UNIFESP incorporaram em sua greve a luta contra terceirização do trabalho na universidade, que tem sido uma forma de precarizar os serviços prestados à comunidade universitária, privatizar a universidade e atacar os direitos dos funcionários.
A defesa dos estudantes que lutam é também reivindicação dessa greve, pois 48 estudantes da UNIFESP – Guarulhos estão sendo processados pela Polícia Federal, acusados de formação de quadrilha por lutarem em defesa da universidade pública e contra a corrupção praticada pelo então reitor Ulisses Fagundes Neto.

Informe: Reunião deliberativa dos Docentes

Carta lida na reunião dos professores, da qual foi deliberada uma Assembleia dos Docentes para semana que vem e que terá como pauta a mobilização dos docentes e indicativo de greve por tempo determinado. Segue:

Guarulhos, 27 de março de 2012
Carta Aberta ao Colegiado dos Docentes da Unifesp-EFLCH

Caros docentes, frente a paralisação das atividades dos estudantes, deliberada na Assembleia do dia 22/03, assim como as discussões anteriormente já promovidas, entre os estudantes, desde o início do ano com as atividades da calourada, a paralisação de dois dias para debate e demais espaços de discussão; entre os professores, em reuniões de Departamento, do Colegiado e da Congregação; e, ainda, entre estudantes, professores e funcionários, conjuntamente, seja em reuniões, nos corredores, colóquios e projetos de extensão; nos posicionamos aqui de forma aberta para continuarmos o debate, convergirmos possíveis pautas e estabelecermos um movimento conjunto e forte. Gostaríamos de ressaltar os eixos norteadores da mobilização estudantil, que partem e atravessam os problemas de infraestrutura, dos quais podemos incluir a biblioteca, falta de salas de aula e reuniões, precariedade do acesso a internet e à impressão do laboratório de informática, assim como o uso da xerox; problemas de acesso e permanência, como transporte, restaurante universitário, auxílios e moradia estudantil; problemas de comunicação, que inclui a insuficiência de espaços de diálogo com a Diretoria Acadêmica e a Reitoria, o que reflete a estrutura pouco democrática do Estatuto da Unifesp; e, por fim, a dificuldade de se consolidar no nosso campus a base de uma universidade pública, que inclui ensino, pesquisa e extensão. Acreditamos que esse momento de paralisação seja uma oportunidade única para refletirmos e encaminhamos juntos, estudantes, professores e funcionários, possíveis soluções para as dificuldades que enfrentamos atualmente no campus. Estamos otimistas com o processo de construção de nossa paralisação, que tem ganhado corpo e tido a participação de novos sujeitos, incluindo aí os ingressantes e colegas da pós-graduação, e que tem promovido um calendário produtivo de atividades, como a participação de professores em Aulas Públicas, debates no interior das Comissões, em reuniões dos cursos e gerais entre os estudantes. A pauta apresentada pelo Conselho de Entidades da Unifesp e pela Adunifesp, assim como as pautas retiradas em reunião da Congregação e entre os estudantes, revelam uma grande insatisfação por parte da comunidade acadêmica e a necessidade de pensarmos e pautarmos coletivamente medidas efetivas para a nossa, de fato, Situação Crítica. Nesse sentido, gostaríamos de convidá-los para participar de nossas atividades, unificarmos nossa calendário e construirmos conjuntamente espaços de discussão entre professores, estudantes e funcionários. Além da proposta de Aulas Públicas que abordem temas específicos, pensamos também em propormos a construção de grupos de discussão que possam aprofundar as nossas pautas no que tange ao projeto do Prédio Central, ao projeto de Moradia Estudantil, projeto de um Plano Diretor para o campus, ao galpão alugado, a permanência do campus no bairro dos Pimentas, a gestão e a estrutura da Unifesp, dentre outros pontos a serem indicados. Por fim, ressaltamos novamente a abertura dos estudantes ao diálogo e a proposta de união na busca de melhorias efetivas para o nosso campus.

Amanhã, às 19h, iremos nos reunir em Assembléia Geral, para sistematizar e consolidar as pautas discutidas anteriormente e no decorrer do período de paralisação. Os professores estão todos convidados, assim como os funcionários.

Atenciosamente,
Comissão de Diálogo com Professores e Funcionários
Coletivo dos Estudantes do Campus Guarulhos
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Universidade Federal de São Paulo