Na mídia: Alunos da Unifesp pressionam prefeito

Estudantes gritaram palavras de ordem contra o prefeito
Por Deisy de Assis
Em greve há 19 dias, os alunos do campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pressionaram o prefeito Sebastião Almeida. O chefe do Executivo se pronunciava por ocasião da entrega de uniformes a crianças da rede pública municipal de ensino, na tarde de ontem, no Centro Educacional Unificado (CEU) Pimentas.

Os estudantes expuseram faixas de protestos e pediram um posicionamento do governo municipal. O prefeito atendeu aos alunos em sala reservada, e ouviu as reivindicações sobre a locação de um terreno em frente do CEU para a construção de moradias para estudantes, além de queixas sobre o preço das tarifas de ônibus e a mobilidade local. Continue lendo

Alunos da Unifesp continuam em greve

Os estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) do campus de Guarulhos continuam em greve. A paralisação começou após uma assembleia com aproximadamente dois mil alunos de todos os cursos do campus (letras, pedagogia, ciências sociais, filosofia, história e história da arte) na noite de quinta-feira (24).
Entre as principais reivindicações estão à falta de salas de aula, espaço para atividade de estudo e pesquisa, laboratório de informática e transporte estudantil. No centro da discussão, está a construção de um prédio, com entrega prevista até dezembro deste ano, no qual as obras ainda nem começaram. 
Tapumes encobrem o local onde deverá ser construído o edifício. Em entrevista publicada na Folha Metropolitana, no dia 27 de setembro do ano passado, o diretor acadêmico do campus, professor Marcos Cezar de Freitas, afirmou que o empreendimento já estava em construção e que teria cerca de 20 mil m².
Entretanto, não há operadores nem máquinas trabalhando no local. Questionado, Freitas respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que o campus Guarulhos possui um prédio para os cursos de graduação e pós-graduação e está licitando a construção de mais um bloco com 20 mil m².
Em nota, ele afirmou que a expectativa é que a construção comece no fim do primeiro semestre e termine no fim de 2013. Além disso, a Unifesp sugere aos estudantes que analisem toda a documentação disponível, para que possam perceber que a universidade já está tomando todas as providências solicitadas.
“Estamos aguardando a construção desse prédio há muito tempo. Falta espaço para os estudantes dentro da universidade e a demanda de alunos aumenta cada vez mais. Todo mês de janeiro o edifício será construído, mas nunca sai do papel”, disse o estudante Bruno Sampaio, 25 anos.

Aulas nas salas do CEU Pimentas
Os alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) do campus Guarulhos estão assistindo aulas em salas emprestadas da Prefeitura do município. De acordo com a assessoria de imprensa da Unifesp, 2.900 estudantes ocupam 34 salas de aula, sendo que desse total 12 salas estão localizadas no CEU Pimentas.
“A falta de salas impossibilita que nós professores ofertamos mais disciplinas eletivas aos nossos alunos, pois não temos espaço para ministrar as aulas. Não conseguimos aplicar o conteúdo que desejamos. É fundamental que tenhamos mais salas de atividades, de estudo e pesquisa”, disse o professor Carlos Alberto Belo.
Um universitário, que pediu para não ser identificado, também ressaltou que o uso das salas do CEU, pelos estudantes da Unifesp, impossibilita que os moradores da região tenham acesso a cursos normalmente ofertados pela Prefeitura no local, já que o espaço dedicado à comunidade está sendo usado pelos estudantes.

Transporte também é reivindicação
Os estudantes também revindicam melhorias no transporte estudantil. Atualmente, a universidade disponibiliza cinco ônibus fretados, gratuitos, para os alunos que não moram na cidade. Os veículos saem de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, e vão até o campus.
No entanto, as filas para embarcar são enormes e, com o grande número de alunos, os ônibus saem cheios, com estudantes viajando em pé. Segundo alguns usuários dos ônibus, muitos chegam atrasados nas aulas por conta de atrasos.
“Os alunos vão em pé e as filas são gigantecas. Além disso, os alunos acabam chegam atrasados durante as aulas. Também estamos em busca de melhorias do transporte público da região, já que é precário”, afirmou o estudante Reginaldo Luciano de Oliveira, 35 anos.
 
Juliana Aguiar Carneiro
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