MOÇÃO DE REPÚDIO À ATLÉTICA

No dia 10 de maio de 2012, durante assembleia dos estudantes do campus Guarulhos da Unifesp, um membro da Atlética agrediu verbalmente uma estudante do movimento estudantil (M.E.).

Como se não bastasse o ocorrido, esse integrante registrou queixa na Polícia contra as estudantes que se indignaram em forma de um massivo e espontâneo protesto contra a agressão machista. Mais de uma semana após o fato a Atlética ainda não se manifestou a respeito.

Importante lembrar que a Atlética é patrocinada pela cerveja Devassa, que tem uma publicidade altamente machista. Foi com essa publicidade que a Atlética “recepcionou” os calouros esse ano. O que gerou protestos, entre outros em forma de cartazes; quanto a isso a Atlética igualmente não se pronunciou.

Desde o dia 22 de março do mesmo ano os alunos desse campus estão em greve por melhores condições de estudo.            Não é a primeira vez durante a atual greve que as mulheres do movimento estudantil são vítimas de ataques machistas. Na sexta-feira do dia 27 de abril de 2012, quando estudantes tentavam garantir a greve, evitando que houvesse aulas, um tumulto envolvendo professores e alunos contra a greve resultou em uma estudante grevista sendo agredida fisicamente por um aluno antigreve.

O movimento estudantil da Unifesp Guarulhos se originou com o grande número de alunas dirigindo e militando assiduamente nesse movimento. E com o movimento ainda novo a reitoria e seus braços cooptou um grupo para formar a Atlética, com o claro objetivo de esvaziar o M.E.

Já no princípio o movimento se mostrou ser bastante combativo. E esse nascente movimento a cada forte avanço que conquistava, seus componentes, na sua maioria mulheres, recebia frequente repressão.

Assim, do mesmo modo quando uma mulher sofre machismo todas as mulheres também o sofrem, quando qualquer estudante que constitui o movimento estudantil é alvo de qualquer forma de repressão também todo o movimento estudantil é atingido.

Dessa forma, o Movimento Estudantil repudia a Atlética e seus representantes por reprimirem estudantes que se mobilizam, por agredirem as mulheres e por consentirem em seus ataques. Além disso, as mulheres, em especial, devem se auto-organizar e se fortalecer para acabar com o machismo e construir um mundo sem opressão!

FORA ATLÉTICA! FASCISTAS, MACHISTAS NÃO PASSARÃO!  EI, SE LIGA SEU MACHISTA, PORQUE A AMÉRICA LATINA VAI SER TODA FEMINISTA!

Movimento Estudantil da Unifesp Guarulhos, 18 de maio de 2012.