Nota de esclarecimento

Foi divulgado no calendário oficial da greve publicado no blog que hoje (09 de abril) ocorreria no pátio uma reunião do comando de greve as 19:30hrs. No entanto, havia sido deliberado em reunião do próprio comando na quinta-feira (05 de abril) que seriam realizadas reuniões com representantes das comissões e cursos para agilizar e facilitar o processo de organização do próprio movimento.

Essa pequena confusão no calendário culminou em alguns transtornos para os estudantes que não sabiam dessa deliberação e que esperavam por uma reunião aberta do comando de greve.

Pedimos desculpas em nome da comissão de comunicação e da comissão de organização e logística por essa falha, ressaltando que em nenhum momento houve a intenção de se fazer manobras políticas, ou fazer reuniões fechadas, mas apenas uma falha de comunicação entre as partes.

Aproveitamos para convidar todos aqueles que estavam ansiosos pela reunião do comando a se juntar as comissões, pois há muito trabalho a fazer e se todos participarem a representatividade no movimento será garantida.

Comissão de comunicação

Carta de apoio à greve – UFSCAR

APOIO À GREVE DOS ALUNOS DO CAMPUS DE GARULHOS DA UNIFESP

O DCE – Diretório Central dos Estudantes da UFSCar e o DA – Diretório Acadêmico da UFSCar campus Sorocaba vêm, por meio deste, expressar seu apoio à greve e à luta dos estudantes do campus de Garulhos da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo. Somos testemunhas do esforço feito pelos discentes no sentido de persistir na luta por melhores condições de ensino e na busca de alternativas para negociações, junto a Universidade, que atendessem às reivindicações dos mesmos. No entanto, a infraestrutura permanece mais que inadequada.
É evidente o completo descaso deste (des)governo com a Educação. Nesse momento, a greve dos alunos é um dos mais importantes instrumentos em defesa de suas reivindicações históricas e de uma educação pública, gratuita e de excelência. O DCE e o DA defendem que é impossível existir uma formação de qualidade sem uma infraestrutura que condiga com a tal. A própria UFSCar vem passando por problemas sérios, principalmente em seu campus Sorocaba, sendo constantes as manifestações junto a Reitoria pela melhoria das condições física e pela pressão ao Governo para a aprovação do PL 2134 – que permite a contratação de servidores públicos pelas IES (professores efetivos) -, além das constantes reivindicações por aumento de transparência dentro dos processos burocráticos da Universidade, a melhoria na comunicação com os discentes, o aumento da representatividade da classe discente dentro das instâncias deliberativas e a expansão do ensino público.
Colocamos-nos na linha de frente em apoio, solidariedade e defesa da greve e da luta dos alunos do campus de Garulhos da UNIFESP principalmente por sentirmos que passamos por problemas que possuem a mesma raiz. Também apelamos pela sensibilização dos alunos dos outros campus que passam por problemas semelhantes, assim como de outras entidades do movimento estudantil, por entendermos a importância da ampliação da identificação com um processo reivindicatório principalmente num período em que encontramos ataques tão sutis e destruidores à educação pública de qualidade.
Ainda, declaramos que consideramos a greve um mecanismo legítimo de luta e de pressão sobre os governantes, servindo de exemplo para todos aqueles que querem enfrentar a burocracia do Governo e convidamos todos os discentes a se informarem sobre processos como este – que vem acontecendo por todo o país -, ampliando o reconhecimento da massa discente como uma efetiva CLASSE e a difusão da discussão sobre as realidades que vivemos (que se intercruzam e são semelhantes entre si em muitos aspectos).

SÃO CARLOS, 02 DE ABRIL DE 2012

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES – UFSCar

DIRETÓRIO ACADÊMICO – UFSCar Sorocaba

Carta aos funcionários

Aos técnico-administrativos da EFLCH/UNIFESP

Funcionários e funcionárias da Escola de Letras, Filosofia e Ciências Humanas, abaixo apresentamos nossa pauta de reivindicação e os convidamos para discussão de questões comuns à comunidade acadêmica. Como é de conhecimento de todos; no dia 22 de março deste ano em Assembleia Geral no Campus, os estudantes deliberaram greve por tempo indeterminado, inicialmente com um eixo de luta debatido entre os discentes desde o início das atividades acadêmicas.
Em assembleias posteriores foram discutidos e aprovados os pontos de pauta de reivindicação em torno dos tópicos; a saber: infraestrutura universitária; acesso e permanência; repressão; transparência; fim das fundações privadas e fim das terceirizações na universidade. A pauta especificada está em anexo.
Entendemos que é fundamental a unidade na luta dos que estudam e trabalham na UNIFESP Guarulhos. Pela primeira vez na história do nosso campus, no dia 04 de abril de 2012 os docentes decidiram paralisar as atividades acadêmicas discutindo nossa atual conjuntura e questões relacionadas à infraestrutura universitária, debatendo inclusive sobre suas próprias reivindicações.
Desde o início, o movimento grevista na EFLCH/UNIFESP buscou uma profunda reflexão acerca das políticas de privatização, precarização e elitização do ensino superior público.
Em 2011 em todo o país, servidores técnicos administrativos das universidades e institutos federais permaneceram em greve por mais de três meses. Lutaram contra o congelamento dos salários por dez anos (PLP549/2009); terceirização de serviços e as medidas do governo de mercantilização do ensino com a privatização de hospitais e maternidades universitários (MP 520/2010); entregando-os às fundações de direito privado. No período aproximadamente nove reitorias das universidades e IF’s foram ocupadas; as ações fizeram parte do movimento que resite à privatização de direitos sociais.
Sabe-se que muitas das reivindicações dos servidores públicos do nosso campus convergem com as dos estudantes, a exemplo da falta de espaço físico para abrigar a biblioteca, salas de aulas, laboratórios etc. Não falta espaço físico apenas para os estudantes e professores, os técnicos administrativos também estão trabalhando cada vez mais em espaços menores e adaptados; criando assim condições insalubres de trabalho. Como podemos verificar os que estudam e trabalham na universidade têm todos os motivos para se mobilizarem de forma unitária para combater a precarização do trabalho e do ensino em defesa da educação contra as medidas governamentais; parte de uma política mais geral de mercantilização da educação pública.

Comissão de comunicação do Comando de Greve;

Guarulhos; 09 de abril de 2012.

Nota do CAAK, Centro Acadêmico Ada King (Unifesp-SJC)

“O Centro Acadêmico Ada King, órgão representativo dos estudantes do Campus São José dos Campos da Unifesp, por entender legítima as reivindicações dos estudantes do Campus Guarulhos da Unifesp que motivaram a greve iniciada no dia 22 de março de 2012, manifesta seu total apoio ao movimento reivindicatório e se dispõe, junto à comunidade discente do ICT-Unifesp, a promover os temas em pauta pelo movimento dos estudantes.

CENTRO ACADÊMICO ADA KING”

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DA EFLCH/UNIFESP – Grupo de Estudos e Pesquisas Educação e Classes Sociais (GEPECSO)

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DA EFLCH/UNIFESP
O Grupo de Estudos e Pesquisas Educação e Classes Sociais (GEPECSO) vem por meio desta Carta tornar público que:
1)   Apoiamos a greve estudantil iniciada no último dia 22 de março.
2)   Estamos de acordo com as principais reivindicações do movimento, que têm por objetivo conquistar melhorias da infra-estrutura do campus.
3)   Apoiamos a construção da mobilização atualmente em curso entre os professores, e defendemos que a mesma seja feita em unidade com os estudantes.
4)   Nossas atividades serão suspensas durante todo o período grevista por entender que a paralisação das atividades acadêmicas seja não somente a paralisação das aulas, mas de todas as atividades de estudo e pesquisa.
5)   Reivindicamos melhores condições para a realização das pesquisas no campus, que vêm sofrendo com a falta de equipamentos, laboratórios, verbas e espaços adequados para reuniões e estudos.
Grupo de Estudos e Pesquisas Educação e Classes Sociais
Coordenador: Prof. Davisson Cangussu

Carta de apoio dos estudantes da Pós-graduação/EFLCH da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças.  Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
(Carlos Drummond de Andrade. Obra: Sentimento do Mundo).

 À comunidade acadêmica da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)

Há algum tempo a “crise da universidade pública” é alvo de discussão da academia. Desde os anos 70, as universidades de diversas localidades vêm sendo sucateadas, seja como meio de alavancar os lucros de algumas empresas via fundações de apoio, seja através da ampliação de vagas sem planejamento adequado.

Há mais de duas décadas a OMC (Organização Mundial do Comércio) colocou em sua agenda a necessidade da economia de mercado avançar nas áreas de educação, saúde e previdência social. É de acordo com estas diretrizes que no Brasil durante toda a década de 90 vimos um boom, financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e outras agências estatais, do crescimento das universidades particulares. Ao mesmo tempo em que as universidades públicas, em especial as federais, sofreram, concomitantemente, um corte de verbas e um “projeto”, posteriormente, de súbita reversão com a ampliação desenfreada de vagas sem priorizar a qualidade do tripé (ensino, pesquisa e extensão). A questão, nesse sentido, não é a ampliação de vagas nas universidades federais ou públicas em geral, mas como essa ampliação vem ocorrendo.

O plano, já bastante avançado, é o de manter algumas poucas universidades ou alguns de seus campus como “centros de excelência”, quase em sua maioria, adaptados às exigências do mercado, enquanto a grande maioria deve formar profissionais qualificados, mão-de-obra especializada nos diversos ramos do conhecimento em espaços improvisados, ou seja, em infraestrutura precária, sem condições de acesso e permanência, sobretudo, nos campi onde os cursos não estão correlacionados diretamente às exigências do capital e, fantasmagoricamente, onde o perfil socioeconômico de boa parte dos alunos é desfavorável, vide os dados divulgados recentemente pela própria PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) sobre os campus da Universidade Federal de São Paulo, onde Guarulhos é o que se encontra em situação mais problemática – algo reconhecido pelo senhor reitor Walter Manna Albertoni em matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo em 12 de dezembro de 2011; contudo, sem relatar concretamente o que está sendo feito para resolver o problema, os dados são sempre colocados no vazio e pedindo uma espera ad eterno.

Tendo em vista este contexto, nós, estudantes de pós-graduação da EFLCH da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Campus Guarulhos, manifestamos através desta carta nosso apoio à greve dos estudantes de graduação.

Concordamos com a Carta de Reivindicação dos Estudantes, que apresenta os quatro eixos de reivindicações – infraestrutura, acesso e permanência, repressão, transparência –, cujos aspectos os estudantes da pós-graduação identificaram como essenciais no desenvolvimento e consolidação do campus da EFLCH.

Compartilhamos da necessidade imediata de um novo prédio para o campus, como ampliar as linhas de transportes municipais e intermunicipais, as políticas de permanência, que vão desde bolsas de auxílio-permanência até a efetiva construção de uma moradia estudantil, como maneira de reunir os estudantes num projeto participativo de sua arquitetura e ambiente habitado, e ampliar o bandejão – e que esse seja subsidiado inteiramente com verba pública, com abertura de concurso público para a contratação de funcionários – e os laboratórios de informática e de fotocópias etc. Entendemos que a transparência nos processos administrativos e a não punição de estudantes que participam de atividades políticas são essenciais a qualquer instituição que se pretenda democrática e, que deste modo, priorize o diálogo com diferentes segmentos que a compõem (gestores, professores, funcionários e estudantes), visando a resolução participativa dos problemas. Por outro lado, a estratégia a ser utilizada para reverter o quadro de sucateamento de uma universidade ainda recém-nascida no que se refere, sobretudo, à área de humanas, não pode ser outro que o de ampliar a luta. Deste modo, também vemos a necessidade de buscar apoio de outras universidades públicas (de entidades estudantis e do corpo docente).

No que tange a nossa reflexão enquanto estudantes de pós-graduação, reiteremos que esses problemas, além de dificultarem o andamento das pesquisas e dos grupos de estudos, são entraves à consolidação e à manutenção dos programas de pós-graduação vigentes no campus, uma vez que demonstram a incapacidade da EFLCH de atender as exigências dos órgãos que financiam e avaliam esses programas. Por isso, uma universidade pública, democrática e que preze pela autonomia e pensamento crítico, precisa reunir as condições de infraestrutura básica para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão, aspectos ainda não contemplados na realidade da EFLCH UNIFESP.

assinam está carta:

Ana Lídia Oliveira Aguiar

Andrei Chikhani Massa

Bruna Aline Scaramboni

Cauê de Camargo Martins

Clara Zeferino Garcia

Clarissa Aguiar Noronha

Deborah Schimidt Neves dos Santos

Fernando Antonio Santana

Gabriela Murua

Gabriela Peters Cremasco Gonçalves

Guilherme Tadeu de Paula

Jéssica Ferreira Rodrigues

Karine Assumpção

Laís Fernanda Rodrigues

Lucas Bernasconi Jardim

Michele Corrêa de Castro

Rafael Acácio de Freitas

Rafael Marchesan Tauil

Rafaela Fernandes Narciso

Reinaldo Pereira Damião

Ricardo de Lima Jurca

Rubia de Araujo Ramos

Sarah Ferreira de Toledo

Sandro Barbosa de Oliveira

Thais Azevedo da Costa Botelho

Thiago Pacheco

Valdir Lemos Rios

Acontece no campus: arrecadação de recursos para o movimento!

A comissão de finanças está promovendo todos os dias no campus a venda de lanches, bebidas e doces para levantar recursos para o movimento.

Todo produto é fruto de doação ou arrecadação do próprio movimento, sendo produzido e comercializado pelos próprios estudantes.

Todo repasse de verbas do movimento será publicado no blog em breve.

A comissão sempre está precisando de pessoas para ajudar tanto na produção como na venda dos produtos, então participe!

Envie um e-mail para financeirogreve@gmail.com ou procure a mesa da comissão pelo campus.