Moção de Apoio à Greve dos Professores da UNIFESP

Desde o começo de sua expansão a Universidade Federal de São Paulo vem enfrentando uma série de problemas estruturais graves que comprometem a qualidade do ensino na instituição.É sabido da falta de moradia estudantil, bolsas e auxílios de valor que supra as necessidades dos discentes, restaurantes universitários com planejamento e manutenção adequadas, completa ausência de creches para alunos, professores e funcionários, falta de salas de aula,laboratórios de pesquisa, bibliotecas com espaço suficiente para comportar os acervos, linhas de ônibus, metro ou trem que facilitem o acesso a determinados Campi etc. Ainda assim, os docentes tem, através de sua excelente formação acadêmica tentado manter o nível da instituição entre as melhores do País.

Essa tarefa, já dificultada pelas condições materiais e objetivas, se torna ainda mais penosa frente aos ataques do Governo, ataques estes que não se destinam apenas à categoria dos professores, mas aos movimentos sociais e sindicais como um todo. Trata-se de uma tentativa sistemática de negar os direitos da população em geral. Muitos professores que já tem condições de trabalho insalubres correm o risco de ter seus salários ainda mais reduzidos. Acerca disso, o acordo emergencial que foi firmado à cerca do Plano de Reestruturação de Carreira foi descumprido pelo Governo, num sinal claro de que, apesar do MEC sentar à mesa de negociações, só cumpre aquilo que lhe convém. É uma negociação onde as mais importantes decisões já estão tomadas.

Nesse sentido, por consideramos a luta de nossos professores legítima, fazemos desta moção um chamado para que todos os demais docentes da UNIFESP e de outras Universidades Federais sigam seu exemplo.

Pela valorização dos profissionais da educação !

Educação não é mercadoria !

Todo o apoio aos que lutam !

Comando de greve 2012 – Estudantes da Unifesp Campus Guarulhos

MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DA UNIFESP-GUARULHOS

Os trabalhadores e trabalhadoras do judiciário federal em São Paulo apoiam a luta dos estudantes da UNIFESP Guarulhos pela construção imediata de salas de aula que lhes permita estudar com dignidade, pela construção de moradia estudantil, por melhores condições de ensino, pela valorização dos trabalhadores e docentes da universidade e especialmente pela imediata retirada do processo que criminaliza 48 estudantes, acusando-os de formação de quadrilha por terem sido levados à greve em 2008 com a mesma pauta atual!
É parte da contradição do governo federal o absurdo de implantar campi universitários sem a mínima estrutura física e mais absurdo ainda pretender criminalizar os estudantes que se insurgem contra a falta de condições de ensino e lutam por melhorias na universidade.
O mesmo governo que propagandeia um Brasil em franco desenvolvimento e se vangloria de implantar várias unidades de universidades federais em todo o país, levando ao senso comum a idéia de avanço no trato com a educação, mantém os salários de professores e funcionários congelados, ataca o direito à aposentadoria e corta investimentos em educação, destinando quase 50% do orçamento federal ao pagamento de juros da dívida pública, que significa dinheiro público nos bolsos de grandes investidores e especuladores.

Não à criminalização das lutas!
Pelo fim do processo que criminaliza os estudantes do campus da UNIFESP de Guarulhos!
Pela construção imediata de salas de aula!
Pela construção da moradia estudantil!
Todo apoio à greve e ocupação da diretoria acadêmica!
Pela abertura de negociação com os estudantes!

SINTRAJUD-SP

Moção de apoio aos estudantes em ocupação na UNIFESP – Guarulhos

O Campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo, o segundo campus de expansão, sofre com vários problemas de infraestrutura, como falta de salas e laboratórios, espaços precários para realização de ensino, pesquisa e extensão, falta de estrutura de permanência estudantil como moradia e creche. Não por acaso essa situação é análoga ao do Campus Baixada Santista e à de outras universidades federais. O Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI prima pela expansão de vagas sem nenhum cuidado com a qualidade e estrutura para as mesmas.

Frente a estas e várias outras demandas, os estudantes da UNIFESP – Guarulhos entraram em estado de greve como forma de pressionar a Diretoria e a Reitoria a tomarem ações para sanar esta situação.

Contudo, não é de hoje que, após suas manifestações legitimas de denúncias, atos e outras ações, os Movimentos Sociais recebem em resposta atos de criminalização e ou judicialização por parte das autoridades, governo e Estado. No Movimento Estudantil não é diferente. 48 estudantes sofrem processos após a utilização de tapumes apodrecidos em um ato simbólico, sob alegação de “depredação do patrimônio público”.

Dessa forma, o Centro Acadêmico Unificado – Unifesp Baixada Santista torna público o seu repúdio à opção feita pela Direção Acadêmica do Campus Guarulhos e pela Reitoria da UNIFESP em não abrir dialogo com o movimento de greve dos estudantes daquele campus além de abrir processos e montar uma Comissão de Sindicância contra estudantes.

Diante dessa intransigência, não coube ao movimento de greve outra opção senão tomar medidas mais drásticas e ocupar a Diretoria Acadêmica. Entendemos que essa ação é estratégica, tendo grande alcance, absolutamente legítima além de ser um importante instrumento de reivindicação.

Prestamos assim total apoio à ocupação da Diretoria Acadêmica do Campus Guarulhos e nos colocamos em solidariedade às suas ações. Colocamo-nos ainda em estado de atenção contra uma possível repressão ao movimento dos estudantes.

CENTRO ACADÊMICO UNIFICADO UNIFESP – BAIXADA SANTISTA

Carta de apoio à greve – UFSCAR

APOIO À GREVE DOS ALUNOS DO CAMPUS DE GARULHOS DA UNIFESP

O DCE – Diretório Central dos Estudantes da UFSCar e o DA – Diretório Acadêmico da UFSCar campus Sorocaba vêm, por meio deste, expressar seu apoio à greve e à luta dos estudantes do campus de Garulhos da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo. Somos testemunhas do esforço feito pelos discentes no sentido de persistir na luta por melhores condições de ensino e na busca de alternativas para negociações, junto a Universidade, que atendessem às reivindicações dos mesmos. No entanto, a infraestrutura permanece mais que inadequada.
É evidente o completo descaso deste (des)governo com a Educação. Nesse momento, a greve dos alunos é um dos mais importantes instrumentos em defesa de suas reivindicações históricas e de uma educação pública, gratuita e de excelência. O DCE e o DA defendem que é impossível existir uma formação de qualidade sem uma infraestrutura que condiga com a tal. A própria UFSCar vem passando por problemas sérios, principalmente em seu campus Sorocaba, sendo constantes as manifestações junto a Reitoria pela melhoria das condições física e pela pressão ao Governo para a aprovação do PL 2134 – que permite a contratação de servidores públicos pelas IES (professores efetivos) -, além das constantes reivindicações por aumento de transparência dentro dos processos burocráticos da Universidade, a melhoria na comunicação com os discentes, o aumento da representatividade da classe discente dentro das instâncias deliberativas e a expansão do ensino público.
Colocamos-nos na linha de frente em apoio, solidariedade e defesa da greve e da luta dos alunos do campus de Garulhos da UNIFESP principalmente por sentirmos que passamos por problemas que possuem a mesma raiz. Também apelamos pela sensibilização dos alunos dos outros campus que passam por problemas semelhantes, assim como de outras entidades do movimento estudantil, por entendermos a importância da ampliação da identificação com um processo reivindicatório principalmente num período em que encontramos ataques tão sutis e destruidores à educação pública de qualidade.
Ainda, declaramos que consideramos a greve um mecanismo legítimo de luta e de pressão sobre os governantes, servindo de exemplo para todos aqueles que querem enfrentar a burocracia do Governo e convidamos todos os discentes a se informarem sobre processos como este – que vem acontecendo por todo o país -, ampliando o reconhecimento da massa discente como uma efetiva CLASSE e a difusão da discussão sobre as realidades que vivemos (que se intercruzam e são semelhantes entre si em muitos aspectos).

SÃO CARLOS, 02 DE ABRIL DE 2012

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES – UFSCar

DIRETÓRIO ACADÊMICO – UFSCar Sorocaba

Nota do CAAK, Centro Acadêmico Ada King (Unifesp-SJC)

“O Centro Acadêmico Ada King, órgão representativo dos estudantes do Campus São José dos Campos da Unifesp, por entender legítima as reivindicações dos estudantes do Campus Guarulhos da Unifesp que motivaram a greve iniciada no dia 22 de março de 2012, manifesta seu total apoio ao movimento reivindicatório e se dispõe, junto à comunidade discente do ICT-Unifesp, a promover os temas em pauta pelo movimento dos estudantes.

CENTRO ACADÊMICO ADA KING”