INFORME URGENTE

PROFESSORES REUNIDOS EM MAIOR ASSEMBLEIA DOCENTE DA HISTÓRIA DO CAMPUS UNIFESP GUARULHOS APROVAM PARALISAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO!

A PARALISAÇÃO DELIBERADA EM ASSEMBLEIA DOCENTE  DA EFLCH-GUARULHOS TERÁ A DURAÇÃO DE  UMA SEMANA E TERMINARÁ COM UM ATO PÚBLICO NA REITORIA, LOCAL EM QUE UM DOCUMENTO OFICIAL DOS PROFESSORES,  APOIADOS PELO SINDICATO DA CATEGORIA, SERÁ PROTOCOLADO JUNTO AO CONSU. OS PROFESSORES TAMBÉM APROVARAM A CRIAÇÃO DE UM FILME SOBRE AS CONDIÇÕES PRECÁRIAS NO CAMPUS GUARULHOS.

A PARALISAÇÃO DOS PROFESSORES TERÁ INÍCIO NA PRÓXIMA QUINTA-FEIRA, DIA 12/04.

HOJE HAVERÁ ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES NO PÁTIO CENTRAL DO CAMPUS ÀS 19H00. CONVOCAMOS A TODOS QUE COMPAREÇAM E PARTICIPEM DAS DECISÕES.

A ASSEMBLEIA SERÁ TRANSMITIDA AO VIVO PELA INTERNET! INFORMAREMOS O CANAL AO LONGO DO DIA!

COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO.

Parte do teto do campus da Unifesp na baixada Santista desaba

A forte chuva que caiu na região na noite desta terça-feira causou estragos e diversos pontos de alagamento. Em Santos, ruas inundadas, canais que quase transbordaram, várias árvores caídas e pessoas ilhadas podiam ser vistas em todo o canto.

Por sorte, a tempestade não teve consequências mais graves. As ocorrências mais sérias foram o desabamento de parte do teto da Unifesp, na Rua Silva Jardim, Vila Nova, e uma cratera que abriu na Avenida Washington Luís, na esquina com a Rua Luís Suplicy, no Canal 3, comprometendo um terço da pista. Nos dois casos, não houve feridos.

De acordo com informações do coordenador da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, a área da cratera foi isolada e não foi preciso evacuar o edifício em frente ao local.

Fonte: A tribuna

http://www.atribuna.com.br/noticias.asp?idnoticia=143592&idDepartamento=5&idCategoria=0

CARTA ABERTA À COMUNIDADE ACADÊMICA DA EFLCH/UNIFESP – GEPECSO

O Grupo de Estudos e Pesquisas Educação e Classes Sociais (GEPECSO) vem por meio desta Carta tornar público que:

1)   Apoiamos a greve estudantil iniciada no último dia 22 de março.

2)   Estamos de acordo com as principais reivindicações do movimento, que têm por objetivo conquistar melhorias da infra-estrutura do campus.

3)   Apoiamos a construção da mobilização atualmente em curso entre os professores, e defendemos que a mesma seja feita em unidade com os estudantes.

4)   Nossas atividades serão suspensas durante todo o período grevista por entender que a paralisação das atividades acadêmicas seja não somente a paralisação das aulas, mas de todas as atividades de estudo e pesquisa.

5)   Reivindicamos melhores condições para a realização das pesquisas no campus, que vêm sofrendo com a falta de equipamentos, laboratórios, verbas e espaços adequados para reuniões e estudos.

Grupo de Estudos e Pesquisas Educação e Classes Sociais

Coordenador: Prof. Davisson Cangussu

Carta dos estudantes da filosofia aprovada na Assembleia de curso dia 27.02.12

Comunicado dos estudantes de filosofia

Os estudantes de filosofia, como parte integrante, ativa e construtora do processo de greve da Unifesp em 2010 e 2012, sentem-se na obrigação de fazer considerações avaliativas que exponham sua forma de pensar, agir e de analisar os – e nos – processos de luta.

Em primeiro lugar, é necessário que deixar bem clara a nossa posição convicta de que não se conquista nada pela via institucional e não se luta através da burocracia. Em contrapartida, acreditamos na práxis coletiva e organizada como forma de superar as contradições, portanto, defendemos a mobilização estudantil.

Qualquer tentativa de tornar a greve uma forma ilegítima de luta, propondo em seu lugar a atuação institucional no Consu se mostra, ou muita inocência, ou má intenção. Se a representatividade do Consu segue a divisão injusta de 70% para professores e 30% divididos entre estudantes e trabalhadores, é claro que não há condições de atingir conquistas materiais para a comunidade acadêmica, afinal, as condições de enfrentamento são desiguais e insuportáveis. A partir daí, vemos como essa proposta está sustentada numa falácia e só serve aos interesses da reitoria.

É nesse sentido, que defendemos a forma de luta adotada em Guarulhos e Santos, em 2010 e apoiamos o processo de luta que estamos construindo na Universidade em 2012, Em 2010, a greve conseguiu avanços políticos jamais conquistados antes, pressionou a reitoria com a legitimidade e em condições de igualdade, deu um salto qualitativo no que se refere a problemas organizacionais do movimento e trouxe maior amplitude às visões políticas dos estudantes em luta. Além de ter algumas tímidas conquistas materiais, importantes, mas que não puderam sanar as contradições, e por isso, novamente nos empurraram para um processo de lutas.

A universidade tem problemas estruturais gravíssimos, não consegue comportar os estudantes, os funcionários, os professores, os livros, a xerox, etc. Não há como continuar expandindo em situação tão alarmante. É importante que fique claro que não somos contrários a expansão, mas não pode ser feita nessas precárias condições.

Há problemas de organização nos cursos de licenciatura; não há creches para as estudantes que tem filhos; o transporte não suporta a demanda; o restaurante universitário passou por uma falsa reforma – fruto da mobilização da greve de 2010- mas não conseguiu adequar o espaço; o puxadinho foi uma obra às pressas que tentou desinchar a demanda do CEU que não é da universidade, logo, deveria estar reservado para usufruto da comunidade do Pimentas- mas não conseguiu; não há política concreta de moradia, e o tão sonhado prédio continua sendo produto de nossas aspirações, e fica claro que será fruto de nossas lutas.

No entanto, não podemos nos enganar acreditando que essa situação é causada por maldade, descaso, incompetência ou qualquer motivo metafísico. A desestruturação, desmobilização e a perda de qualidade da universidade pública e parte do projeto mercadológico do REUNI. Os empresários é que estão sendo beneficiados com essas políticas desde a esfera da educação, até a especulação imobiliária. Tudo ditado pelo Banco Mundial.

Portanto, é importante que os estudante conheçam os elementos que fundam as contradições e entendam que apenas com a mobilização e a luta consciente contra a educação-mercadoria e em defesa de um projeto popular, não só da educação, mas de poder mesmo, é que haverá a possibilidade concreta de discutir se há ou não educação pública, gratuita e de qualidade essencialmente popular no Brasil.

Terminamos esse comunicado chamando os companheiros estudantes de toda a universidade a se juntarem a nós, da filosofia, na exigência da retirada pela reitoria dos injustos processos abertos na polícia federal contra os 48 estudantes, que estão sendo acusados de formação de quadrilha. Temos total convicção de que o único crime desses companheiros foi lutar contra opressão, a mercantilização do ensino e contra a roubalheira da verdadeira quadrilha da Unifesp, os que foram acusados pelo TCU por desvio de verba, os ladrões da reitoria.

Carta do Colegiado de Professores aos alunos do Curso de Pedagogia

Nós, professores do curso de Pedagogia, consideramos que muitas das reivindicações do movimento estudantil são justas, diante do quadro de fragilidades estruturais que vivemos e que é reconhecido por todas as instâncias da UNIFESP.

A nosso ver, é preciso que discentes, técnico-administrativos, docentes e as instâncias institucionais do campus (que são constituídas por estes) deem andamento a uma ampla discussão sobre os modos de funcionamento da universidade pública federal, o projeto coletivo do campus e da instituição como um todo. Nossa existência, como docentes e estudantes, deve-se a um princípio de democratização do ensino superior público, que implica uma transformação considerável nos modos de organização tradicionais do ensino superior. Precisamos ficar atentos para que o momento que vivemos não nos faça perder de vista as três funções primordiais da Universidade Pública no Brasil: ensino, pesquisa e extensão.

A reposição das aulas será discutida assim que as atividades acadêmicas voltarem à normalidade.

Docentes do Curso de Pedagogia.