Sob o retumbante discurso de “defesa de institucionalidade”, esconde-se a ilegalidade dos mandos e desmandos da burocracia universitária
Muito se ouve falar na “defesa intransigente da institucionalidade da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH)”, e parece até mesmo que existe algum espírito republicano democrático dentro da comunidade universitária. Falso. Essa parecer é um discurso para mistificar o seu avesso: sob o discurso da defesa da institucionalidade, a Diretoria do campus Guarulhos, sob a pessoa dos professores Marcos Cezar de Freitas e Glaydson Soares, age ignorando as leis, os direitos democráticos dos estudantes, realizando a super-exploração dos funcionários terceirizados para tarefas das quais não foram contratados, entre outros casos.
8 motivos para derrubar essa Diretoria Acadêmica:
- 1. Este diretor, que foi candidato único e não encontrava uma oposição declarada entre os professores, e que não tinha um amplo apoio entre os estudantes na “consulta à comunidade”, foi colocado no campus em 2009, sob a intervenção do Reitor, assumindo a crise pós-queda do Reitor anterior, Ulysses Fagundes Neto. Sua trajetória política no campus revela-se na figura de um diretor-interventor, que depois realizou todo o decoro figurativo para que ele permanecesse no poder.
- 2. Do dia para a noite, sem nenhuma consulta à comunidade universitária, tirou o vão livre do puxadinho construído para ser provisório, para se ter mais salas-caixas-de-fósforo.
- 3. Na greve de 2012, a Direção Acadêmica envia, através de e-mail institucional, uma petição pelo fim da greve; ou seja, utilizando da instituição para declarar uma guerra aos estudantes em greve.
- 4. O Diretor Acadêmico, no papel de presidente da Congregação do campus, conduz a reunião de forma totalmente anti-democrática. Não leva para deliberação propostas que são oposição a ele, assim como o “duvidoso procedimento” de, algumas vezes, informes entrarem como ponto de pauta da reunião, e outras vezes, não. Assim, podemos inferir que o crivo do procedimento não é algum Regimento institucional, mas a figura do “suposto-todo-poderoso” Diretor Acadêmico.
- 5. A burocracia universitária, sob o comando da Diretoria e Reitoria, realiza intimidações – não somente aos estudantes, como é de praxe, mas também com os professores mais ativos politicamente – como forma de calar as vozes que levam a uma posição contrária à da Diretoria
- 6. A ação desesperada da Diretoria Acadêmica de, atacar o movimento de greve, exigindo dos funcionários terceirizados para “desobstruir as salas de aula”, isto é, retirar os piquetes, e deixar as salas de aula trancadas. Sendo que o movimento exigiu da Diretoria o contrato dos trabalhos terceirizados e de suas atribuições e funções, e o Diretor Acadêmico não se pronuncia. Além de atacar o direito de greve, há a super-exploração dos trabalhadores terceirizados para funções às quais eles não foram contratados. Ou seria eles contratados para, entre outras coisas, desfazer piquetes?!
- 7. Diante de tapumes colocados no galpão para ficar em volta do vazio, onerando R$ 8 mil dos cofres públicos, que já passavam seu prazo de validade, e estavam apodrecidos e caídos por uma ventania, quando os estudantes, em ação política re-utilizam os tapumes para realizar a construção do “espaço de vivência Carlos Marighella” e para fazer fogueiras com o resto do material apodrecido, a Direção da Universidade realiza uma aberração política e jurídica: acionam “medidas judiciais e policiais”, na Polícia Federal e na Procuradoria-Geral da República, com a alegação de depredação do patrimônio público, sendo que de acordo com a portaria 448/2002 da Secretaria do Tesouro Nacional, o tapume, pela sua própria condição, não é considerado patrimônio público, muito menos material permanente.
- 8. Como o supra-sumo do desespero da burocracia universitária, toda ação do movimento que seja no sentido de garantir a greve deliberada e construída desde o dia 22 de março de 2012, e sendo corroborada em todas Assembleias Gerais no campus, todas essas ações são consideradas violentas e através da maneira Rodas de governar, praticada por essa Diretoria e Reitoria, judicializando todo tipo de luta, eles tratam como caso de polícia a própria greve.
Os estudantes fazem a greve. A Reitoria não negocia. Manda a tropa de choque nos receber e um mandado de intimação ao Comando de Greve. A greve continua. A diretoria manda desfazer todos os piquetes e trancam todas as portas. A Diretoria transforma a Universidade em uma PRISÃO, onde a Diretoria é o carcereiro. O movimento garante a greve contra o ataque da burocracia. A diretoria responde com sindicâncias sob a alegação de “violência”, “ofensa”.
Os estudantes conhecem essa estratégia de intimidação, e respondem, não necessariamente em palavras, mas em atos: A GREVE CONTINUA!
A Diretoria Acadêmica do campus pende por um fio. Essas são as ações desta “institucionalidade” tão alegada nas palavras dos burocratas. Nós conhecemos bem seu jogo. Basta!
Essa é o começo da resposta do movimento aos ataques orquestrados contra a GREVE.