CARTA DE ESCLARECIMENTO DO COMANDO DE GREVE

Visto que a Reitoria da Universidade Federal de São Paulo, de forma falaciosa, vem a público alegar que “o movimento grevista interrompeu, temporariamente, as negociações” (vide imprensa, site G1), faz-se necessário esclarecer a posição do movimento deliberado em Plenária Aberta do Comando de Greve, de que o movimento negocia com o Reitor, e não com o Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Prof. Leduíno.

De maneira leviana e claramente oportunista, a Reitoria, que não quer negociar as reivindicações do movimento de Greve de Guarulhos, para dizer que ao recusarmos reunirmo-nos com o Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, teríamos interrompido as negociações. Nada mais falso!

É preciso ter clareza de que a negociação poderá ter a participação de “Pró-Reitores”, como em 2010. Contudo, um Pró-Reitor não tem o poder de negociar com o movimento de Greve. E o movimento já se posicionou pela negociação com a Reitoria da Universidade.

Quem interrompeu as negociações? A Reitoria!

Prova disso?

O ato na reitoria, dia 20 de abril, que foi tratada como caso de polícia com um “mandado de intimidação” e com a tropa de choque, em que a carta de reivindicações de Guarulhos foi entregue, o Reitor se recusou a marcar a data de reunião de negociação, inclusive dando as costas aos manifestantes – como pode-se atestar nas filmagens.

Assim, a questão que está colocada é que a Reitoria procura, a cada dia que passa, o enfrentamento, quando vê que sua tática de enrolação não dá certo. Portanto, é a Reitoria que nega sentar para negociar. Ela se recusa em atender as reivindicações e para tentar sufocar o movimento, procura tratar como crime a livre manifestação política dos estudantes.