Informe da ocupação

Informamos a todos estudantes, simpatizantes e apoiadores da mobilização dos estudantes, a greve e a ocupação, de que o movimento corre o risco de receber o “mandado de reintegração de posse” na presença da tropa de choque, a qualquer momento.

Chamamos todos os que apoiam o movimento para que compareçam ao campus, visitem a ocupação e participem do calendário da ocupação.

Fraternalmente.

Comando de Greve-Ocupação

 

Saiu na mídia: Alunos da Unifesp ocupam prédio da diretoria em Guarulhos

Estudantes estão em greve desde 22 de março e pedem melhora na estrutura de instituição

Cerca de 250 estudantes ocuparam o prédio da diretoria do campus de Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) na noite desta quinta-feira (3). Os alunos estavam em greve desde o dia 22 de março. Entre as reivindicações estão melhora da estrutura da Instituição, que, segundo eles, é precária.

Os estudantes, que não quiseram se identificar, contam que construíram um barraco com tapumes em um galpão onde deveria ser construído o prédio dos cursos de letras, história, filosofia, história da arte, pedagogia e ciências sociais. Segundo eles, o ato foi repreendido por policiais federais.

— O nosso barraco mostrava a estrutura dos nossos prédios, que é, na verdade, nenhuma. Eles [policiais federais] falaram que estávamos degradando patrimônio público.

Leia mais notícias do R7

Os membros da comunicação da greve afirmam que entregaram à diretoria uma carta com as propostas de negociação, mas que não tiveram resposta. O grupo diz ainda que a ocupação continuará por tempo indeterminado.

— Ficaremos aqui até que alguém venha negociar com a gente. Queremos as mesmas coisas de antes: estrutura e, agora, pedimos que os estudantes também sejam descriminalizados.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Unifesp informou que membros da diretoria acadêmica e representantes da reitoria irão até o local ainda nesta sexta-feira (4).

greve-unifesp-tl-20120504

fonte: http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/alunos-da-unifesp-ocupam-predio-da-diretoria-em-guarulhos-20120504.html

Saiu na mídia: Em greve, alunos invadem prédio da Unifesp em Guarulhos

Estudantes alegam falta de diálogo com a reitoria; paralisação começou dia 22 de março

Sábado, 04 de Maio de 2012, 16h59

http://greveunifesp.wordpress.com

Em greve, alunos invadem prédio da Unifesp em Guarulhos

Alunos ocuparam prédio ontem à noite

Cristiane Nascimento, Especial para o Estadão.edu

SÃO PAULO – Cerca de 80 alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos ocuparam o prédio da diretoria acadêmica do câmpus na noite desta quinta-feira, 3. Os universitários, em greve desde o dia 22 março, reivindicam moradias estudantis, a construção de um novo prédio para a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH) e a retirada de processos de sindicância abertos contra 48 estudantes que invadiram a diretoria durante outra paralisação, em 2008.

Segundo o aluno de Filosofia Pedro Almeida, de 25 anos, a ocupação foi deliberada em reunião do comando de greve, da qual participaram cerca de 150 estudantes. Ele diz que desde o início da paralisação os alunos solicitam uma audiência pública com o reitor Walter Manna Albertoni. O não atendimento do pedido foi o principal motivo para a invasão. “Desocuparemos o prédio quando o reitor se abrir ao diálogo e ouvir as nossas reivindicações”, disse. Os estudantes se revezam na ocupação do prédio.

Procurada, a assessoria da Unifesp informou que o diretor acadêmico e o vice-reitor da universidade estão reunidos com os grevistas desde o final da manhã desta sexta e que acredita no sucesso do diálogo e no término da ocupação até o final do dia.

fonte: http://m.estadao.com.br/noticias/vidae,em-greve-alunos-invadem-predio-da-unifesp-em-guarulhos,868741.htm

 

Saiu na mídia: Estudantes ocupam prédio da Unifesp em Guarulhos

Alunos invadiram prédio da diretoria acadêmica na noite desta quinta.
Segundo movimento, sindicância sobre greve motivou ocupação.

Estudantes do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista, invadiram e ocuparam o prédio da diretoria acadêmica na noite desta quinta-feira (3). Segundo os estudantes, que estão em greve desde o fim de março, a ocupação foi motivada pela negativa da reitoria em negociar com os alunos as reivindicações e pela decisão da congregação de professores de abrir uma sindicância para investigar os alunos envolvidos na greve.

Por meio de nota, o reitor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Walter Manna Albertoni, confirmou a ocupação ocorrida em 3 de maio na Diretoria Acadêmica do Campus Guarulhos. Ele afirma que as negociações com os grevistas estão ocorrendo desde o final da manhã desta sexta (04) e acredita no sucesso do diálogo e no término da ocupação.

De acordo com o estudante de filosofia Laerte Cameschi, de 28 anos, entre 30 e 40 alunos ocuparam o prédio por volta das 22h desta quinta. Segundo ele, os estudantes, em greve desde o dia 22 de março, reivindicam a retirada de processos abertos contra 48 alunos que ocuparam a diretoria da universidade em 2008; a construção imediata de um prédio próprio para as aulas em Guarulhos; e moradia estudantil, entre outros itens.

Desde o início da greve os estudantes têm pedido uma audiência pública com o reitor, o que ainda não aconteceu. “Ontem o pró-reitor de assuntos estudantis foi até a universidade para negociar com os alunos, mas não tivemos nenhuma resposta concreta. Queremos falar com o reitor”, disse Cameschi.

Outra motivação para a ocupação, segundo os estudantes, foi a decisão tomada em uma congregação de professores de abrir uma sindicância para investigar todos os alunos envolvidos na greve – que pode levar à expulsão dos estudantes. “Houve uma reunião do comando de greve, foi deliberado pela ocupação, a maioria votou a favor”, disse o aluno.

Segundo Cameschi, um dos motivos que fez os estudantes entrarem em greve foi a possibilidade de a universidade transferir o campus de Guarulhos para o Centro da capital paulista. O estudante também informou que entre as reivindicações dos estudantes para desocupar o prédio está a demissão do diretor acadêmico responsável pelo campus, Marcos Cezar de Freitas.

O jovem não soube informar a situação do prédio na manhã desta sexta-feira. No campus de Guarulhos da Unifesp fica a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

fONTE: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/05/estudantes-ocupam-predio-da-unifesp-em-guarulhos.html

Informe

Nós estudantes em greve e ocupados da EFLCH deliberamos em plenária do Comando de Greve aceitar a proposta do pró reitor de assuntos estudantis Leduino quanto à negociação de nossas pautas, na Segunda- feira dia 07/05/2012, SOB TRÊS CONDIÇÕES:

1° Permaneceremos ocupados até o reitor se pronunciar no Campus;

2° Realizar essa negociação com o reitor no CAMPUS GUARULHOS com comissão de negociação decidida em Comando de Greve.

3° Garantia de nenhuma intervenção policial durante a ocupação pré-negociação.

Fraternalmente,

Comando de Greve-Ocupação

Moção de apoio do Partido Comunista Brasileiro (PCB)

Apoio militante à ocupação da Diretoria Acadêmica da Unifesp Guarulhos.

No dia 3 de Maio, em plenária do Comando de Greve dos estudantes da Unifesp, foi aprovada a ocupação da Diretoria Acadêmica. Essa ação foi posta em prática devido ao entendimento do movimento de greve de que a Congregação – espécie de parlamento do Campus presidida pelo diretor – ataca o movimento quando exige a abertura de sindicâncias contra os estudantes em luta.

A Congregação passa por cima da Pró reitoria de Assuntos estudantis (PRAE), que no mesmo momento em que a Congregação aprovava a repressão ao movimento, dizia aos estudantes que esses casos não seriam resolvidos por meios policiais, jurídicos ou disciplinares. Fica clara com isso a falácia proferida pela direita do Campus, da defesa da “democracia” e o combate à “violência” ou o “fascismo” atribuído aos lutadores, sejam de que categoria for.

Essa mesma direita é a que defende a saída do Campus da periferia, que defende o fim dos piquetes, que quer abrir sindicâncias, que quer aterrorizar os calouros para desmobilizar o movimento, que fura a greve, que faz provocações e ameaças para desagregar e romper a unidade. São esses setores que devem ser combatidos firmemente.

É nesse ponto tático que o movimento grevista é empurrado para um avanço no seu método e ocupa a Diretoria Acadêmica. Essa ocupação põe a nu o caráter privatizante, mercadorizado, precarizado do REUNI e do projeto burguês de educação no Brasil e no mundo como um todo. Põe a nu pois escancara as contradições que surgem nesse processo, expõe os setores descontentes com esse estado de coisas, e os limites do diálogo institucional – que acontece de cima para baixo, com respostas secas e negativas. Além disso, mostra o endurecimento do governo Dilma, como resposta a crise de superprodução que o Capital passa no mundo todo – e no Brasil não tem porque ser diferente, como se vê no Ascenso de greves operárias, estudantis e do funcionalismo.

Todas as alternativas de diálogo foram usadas, desde a pauta de reivindicações entregue na reitoria por um estudante delegado, a entrega da pauta para o diretor acadêmico, audiência pública com o diretor, entrega da pauta para o reitor em ato – recepcionado pela tropa de choque. No entanto, há sempre a resposta negativa já exposta.

Isso não deixou outras alternativas ao movimento, a não ser uma maior contundência em suas exigências. Que continuam as mesmas, a saber, que haja negociação da pauta de reivindicações com o reitor da Unifesp.

O Partido Comunista Brasileiro apoia o movimento estudantil combativo e suas lutas, entendemos que os métodos usados foram discutidos na base e aprovados democraticamente no comando de greve. Não se trata de uma ação oportunista ou aventureira, mas sim de uma articulação tática surgida no seio do movimento, trazida à prática pela compreensão coletiva de que as vias utilizadas já haviam se esgotado e que a ocupação era necessária para a conquista efetiva da pauta de reivindicações dos estudantes em luta na Unifesp.

Todo apoio à ocupação da Unifesp

Ousar lutar, ousar vencer!

Reunião Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comissão de Diálogo do Comando de Greve

Universidade Federal de São Paulo
Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Guarulhos, 03 de maio de 2012

Reunião Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comissão de Diálogo do Comando de Greve

Estão presentes: Luiz Leduíno (Pró-reitor de Assuntos Estudantis), Carlos Cazuza (Assessor de Gabinete da Reitoria), Prof. Fernando Cruz (Coordenadora de Políticas e Ações Afirmativa da PRAE), Prof. Cleber (Coordenador do NAE), estudantes (História, Sociais, Filosofia, História da Arte, Letras).

Apresentação e adendos:
Foi reconhecido que além dos problemas infraestruturais, vivemos atualmente uma crise política-institucional.
Foi colocado por um estudante a posição de alguns docentes do campus que se colocam abertos ao diálogo, mas no entanto tem agido de forma impositiva, como o exemplo dos professores de Letras que apresentaram um calendário de reposição antes do término da greve.
Também foi colocado pelos estudantes a questão da criminalização do Movimento Estudantil através de ações frequentes que impedem a nossa mobilização e/ou intimidam o movimento. (fechamento dos espaços do campus antes do horário, tropa de choque, etc).
Discussão da Pauta:
Eixo 1: Infraestrutura
Item 1: Prédio Novo

1) – Viabilidade da Comissão Paritária com membros da PRAE: o Movimento Estudantil pede a institucionalidade da Comissão. Para isso: necessidade de Portaria onde seria explicitado a interferência que essa comissão terá e a questão seria avaliada. A Comissão pode ter funções ampliadas, como por ex. acompanhar o aluguel do prédio no entorno. A Comissão teria caráter para além do campus.
– Conclusão do processo licitatório em setembro (se tudo correr tranquilamente). Depois de 30 dias, início da obra. Conclusão entre 18 meses a 24 meses. Prédio pronto e utilizável: 1º semestre de 2015.
– Medida emergencial: levantamento de prédios no entorno feito pelo corpo docente e estudo do levantamento para aluguel. Critérios: proximidade do campus, viabilidade de ocupar atividades administrativas e acadêmicas, salas de informática, biblioteca, etc. Necessidade de um Plano de ocupação: necessidade de um R.U., etc. A proposta é uma saída imediata logo após o aluguel do prédio. Comissão de Espaço Física e Infraestrutura estão pensando como será utilizado o espaço do campus

2) – Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011 de Acesso à Informação Pública. Ficou comprometido que em uma próxima reunião o projeto poderia ser trazido. A única possibilidade de mudança do projeto são as paredes, que tem flexibilidade.

3) – O prédio está alugado por 50 meses. A Unifesp encaminhará um processo de desapropriação que será efetivado por decreto de utilização pública. A caixa econômica que define o preço da compra.
– A proposta é a compra do terreno e demolição do galpão para inseri-lo em um Projeto de Expansão que não existe.

4)Prédio da Stiffil: avaliado em 180 mil

5) A proposta do REUNI era instalar os novos centros de expansão em municípios que houvesse disponibilidade de estrutura por parte da prefeitura. O aluguel do CEU foi uma medida nesse sentido.

– A proposta do M. E. é que a utilização do CEU tenha um retorno para o bairro, com projetos de extensão, aulas direcionadas para os moradores, etc., e não para aulas de disciplinas da universidade.
– Foi colocado pela Prof. Fernanda a importância da parceria entre o governo federal e as prefeituras onde os campus estão localizados. Os estudantes defendem essa relação, mas com autonomia da universidade.
– Foi colocado também pelos estudantes que a expansão da universidade resolveria o problema do CEU.
– Não há possibilidade de resposta, mas representantes entendem o problema e entrarão em contato com a D. A. para trazer essa informação.

6) – Solicitar representatividade dos estudantes sobre como ocupar o prédio novo, garantindo espaços de convivência e espaços para as entidades estudantis (CA, IES, etc)

– Projeto de Expansão: proposta de utilizar a Comissão Paritária para participação nesse Projeto. Foi afirmado que o campus teria autonomia em relação ao Consu sobre a construção desse projeto.

Item 2: Moradia Estudantil

Comissão de R.U: o terreno acima do terreno do galpão está sendo negociado com o proprietário pela Unifesp. Os três terrenos acima do terreno do galpão pertencem a mesma construtora.

CIRU (Comissão de Implantação Residência Universitária): proposta de fazer da próxima reunião de trabalho da Comissão como pública e aberta para o acompanhamento dos estudantes.

Eixo 3: Repressão

– Legalmente, os processos não podem ser retirados nem pela universidade, nem pelo ministério público, mas atualmente eles estão “praticamente” arquivados, pois está parado.
– O M.E. pede um posicionamento político da universidade sobre esta questão. A PRAE se posiciona favorável a retirada dos processos e se compromete a trazer esse posicionamento da reitoria em uma próxima reunião.
– Foi levantado também pelos estudantes a questão do Código de Conduta Discente que não é aprovado pelo M. E., tendo em vista que ele legitima o controle institucional da mobilização estudantil. [Prof. Leduíno não está de acordo com essa interpretação]

Últimas ações referentes à greve dos estudantes:

– Há uma pressão grande direcionada à PRAE, especialmente institucional, para abrir Comissões de Sindicância no interior da universidade em relação a mobilização dos estudantes. Segundo o pró-reitor, há possibilidade de evitar a formação das Comissões de Sindicância se houver a retirada dos piquetes. O pró-reitor também mostrou o documento de alguns professores que apoiam a greve dos estudantes mas tem feito ponderações em relação a ação dos estudantes.

– Os estudantes solicitaram a abertura do B.O. e os nomes envolvidos. A PRAE se compromete a mostrar esse documento, mas afirma que não há nomes.

– PRAE: A greve é reconhecida como direito pela PRAE e Reitoria. No entanto, os estudantes colocaram que há uma deslegitimidade desse direito na prática, como nas discussões na Congregação, das ações dos professores.

– Foi questionado os gestores da PRAE, enquanto órgão em nome dos estudantes e que atuam de forma progressista no espaço institucional, se eles se retirassem do cargo atual caso algum estudante fosse punido. O pró-reitor disse que se comprometeria caso houvesse uma punição política dos estudantes.

– Tropa de choque no Ato na Reitoria: houve denúncia de que os estudantes iriam ocupar a reitoria.

Eixo 2: Acesso e Permanência
Item 1: Transporte

– Há uma agenda a ser definida com o governo do Estado para negociar medidas em relação ao transporte por meio da EMTU.

*

Tendo em vista a reunião de diálogo entre os estudantes em greve e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantes, os estudantes solicitam uma reunião de negociação com a Reitoria e a presença da PRAE o mais urgente possível, de preferência até terça-feira.

A fala do Pró-Reitor é de que o Reitor se compromete a receber uma Comissão de Negociação dos estudantes apenas após o término da greve, e em São Paulo.

A posição dos estudantes é de que a greve só tem possibilidade de término com uma reunião de negociação com a reitoria. Reafirmamos a proposta de uma reunião entre uma Comissão de Negociação dos estudantes e a Reitoria, com a presença da PRAE, a ser realizada no campus o mais rápido possível.

Proposta da PRAE: indicativo de reunião na próxima terça-feira entre a PRAE os estudantes para terminar a discussão da pauta, mas a PRAE ficou de levar a proposta dos estudantes para a Reitoria.

Obs: A presente ata foi lida e assinada pelo Pró-reitor de Assuntos Estudantins, Luiz Leduíno, no dia 03/05/2012.