Carta sobre os processos de sindicância contra os estudantes!

Defender o direito de manifestação política!

Nenhuma sindicância contra os estudantes!

Que a reitoria atenda as reivindicações!

A Diretoria Acadêmica; membros da Congregação do Campus Guarulhos e docentes
que sentiram “violentados” devido aos piquetes da greve colocaram publicamente a
intenção e pedidos de abertura de processos internos (sindicâncias) contra os estudantes
que participaram das ações coletivas, discutidas e deliberadas em Assembleia Geral dos
Estudantes da EFLCH.

Em uma universidade em que é recorrente o discurso de formação crítica, a liberdade
de pensamento, crítica e manifestação política deveriam ser respeitados. No entanto, a
repressão ao movimento estudantil por meio de processos contra as lideranças trata-se de
uma questão essencialmente política, e não acadêmica.

Se comparada toda a infraestrutura dos campi da UNIFESP, notaremos muitas
desigualdades. Em Guarulhos sequer temos um prédio definitivo para abrigar as atividades
da universidade. A burocracia universitária administra em favor de uma minoria contra os
interesses da maioria, por isso ela se impõe de forma autoritária mantendo a estrutura de
poder antidemocrática.

Neste sentido, o direito de manifestação política é fundamental contra os ataques ao
movimento estudantil. A manutenção da greve pelo atendimento das reivindicações e fim
dos processos é a forma que temos para dizer não ao autoritarismo dentro da universidade
e lutar por melhores condições de ensino. O movimento estudantil para avançar necessita
inviabilizar todas as atividades do Campus exigindo que a Reitoria abra negociação
imediatamente. Devemos dizer: Reitoria, construa o prédio! Reitoria, retire os processos!
Diretoria, nenhuma sindicância contra os estudantes!