Cronograma de Atividades da Greve – Período de 23/04 à 24/04

2af – 23/04

11h – reunião extraordinária da Congregação. Pauta: “Casos estudantis” [acerca dos processos judiciais e policiais contra estudantes] Local: Sala 8 do campus Guarulhos

12h30 – Reunião da comissão de segurança – PIQUETES

14:00h – Início do planejamento e construção da Horta, próximo ao barracão.

15h – Cine-debate. Cine-Marx. “O apito da panela de pressão”

17h – Encontro de Alunos que são Professores.  Local: pátio central.

19h – Filmagem do Ato e avaliação da passeata. Debate sobre a repressão contra o movimento grevista

22h – Inauguração do “espaço de vivência Carlos Marighella”

3af – 24/04

15h – Construção do bolchevão: quadra poliesportiva na UNIFESP

17h – Debate sobre a abertura dos arquivos da Ditadura Militar c/ Angela Almeida, do grupo Tortura Nunca Mais e Coletivo Merlino

19h – Plenária Aberta do Comando de Greve

Moção de apoio – DCE – Universidade Federal do Mato Grosso



UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES – GESTÃO SOLUÇÃO 2011/2012

Diretório Central dos Estudantes – Universidade Federal de Mato-Grosso -Campus Cuiabá

DCE-UFMT – Moção de Apoio Cuiabá-MT, 21 de abril de 2012.

Prezados Srs.,

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Cuiabá (DCE-UFMT/Cba), entidade representativa dos estudantes da UFMT vem publicamente externar seu apoio as pautas reivindicatórias e a greve dos estudantes da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas do Campus Guarulhos da Universidade Federal do Estado de São Paulo (EFLCH-UNIFESP).
Para o DCE-UFMT as pautas de reivindicação são justas, necessárias, importantes e determinantes para o desenvolvimento da universidade e dos seus estudantes.
Esperamos que a Diretória Universitária abra o canal de negociação com os alunos e busque atender aos anseios da comunidade acadêmica.

Atenciosamente,

Alex Zopeletto
Coordenador Geral – DCE/UFMT

Departamento de Ciências Sociais Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – EFLCH Universidade Federal de São Paulo – Unifesp Campus Guarulhos
A/C: Discentes

Manifesto dos estudantes em luta na UNIFESP

Segue Manifesto lido e entregue à Reitoria da UNIFESP.

Manifesto dos estudantes em luta na UNIFESP

A situação na Universidade, ainda que não seja exatamente a mesma em cada um dos campi, demonstra, cada vez mais, a ausência de planejamento e projeto de Universidade. Demonstra, também, que a expansão é um nome airoso – impregnado de incenso – para inserir uma política de desmonte da educação pública, a saber, o REUNI – rendendo bons frutos nas eleições.

Soma-se a isso os estreitos corredores deste labirinto não muito claros, em que essa Administração oficial enclausura a comunidade universitária e que é disposto textualmente em um Estatuto vertical, burocratizado e impenetrável. Ainda há que falar da casta dominante nos órgãos dirigentes da Universidade e as fundações privadas, como a FAP, que servem como verdadeiro caixa dois, sendo denunciada até mesmo pelo Tribunal de Contas da União recentemente.

Não é difícil traçar um rápido panorama: o desabamento de parte do teto do prédio no campus Baixada Santista, construído sem licitação e entregue incompleto, sem alvará nem habite-se; as precárias e insalubres instalações no interior dos campi em geral; a falta de professores e espaço físico no campus Osasco e a necessidade de contratação de mais professores em São José dos Campos; a situação extremamente crítica em que se encontra a comunidade universitária em Guarulhos, a estrutura deficitária e frágil em todos os campi já existentes, sem falar na criação de novos campi em Embu das Artes, Itaquera, Santo Amaro, e outros que podem “estar por vir”. Podemos perceber que tais problemas não são meramente fatos desconexos ou coincidentes, mas que desvelam uma relação íntima e coesa no tecido maior que os enreda.

Acrescente-se a isso a infeliz colocação de nosso atual Reitor, Walter Manna Albertoni, em entrevista concedida ao Estadão em 2010. Para ele, o que importa são “bons professores e estudantes bem selecionados. Com isso, pode-se ter aula até embaixo de uma árvore” – mesmo não sendo um jequitibá.

Em 2010, o movimento dos estudantes em luta na UNIFESP superou a fragmentação e começou a ganhar força, mas a Reitoria soube bem trabalhar com isso, conseguindo dar fim à luta através de promessas ilusórias. Hoje, 2012, estamos um pouco mais calejados – porém fortalecidos -, Reitor.

Não adianta tentar isolar o movimento de Guarulhos dos demais campi, atendendo uma ou outra pauta, como quem esbanja migalhas; as belas piruetas do jogo diplomático, o discurso de palanque e o gerundismo do parecer-estar-fazendo já são por nós muito conhecidos. É que a experiência nos ensinou e, francamente, estamos cansados.

Viemos assim, de forma unitária, lançar esse manifesto tendo em vista exigir que o Reitor se pronuncie quanto às reivindicações dos campi, que negocie com o movimento de greve em Guarulhos, e que se responsabilize pela crise política que está instaurada nesta Universidade há algum tempo.

O poder da Reitoria emana de um setor minoritário que usurpa a Universidade por interesses cada vez mais mercadológicos. Será que as sindicâncias, repressões policiais e intimidações garantirão essa ordem vigente na Universidade?

Até quando, Reitoria, abusarás da nossa paciência? Até quando?

Assinam este manifesto:

COMANDO DE GREVE – GUARULHOS

Diretório Acadêmico XIV de Março da UNIFESP – OSASCO

Centro Acadêmico Pereira Barretto – CAPB – Medicina

Centro Acadêmico Ana Brêtas – CAAB – Enfermagem

Centro Acadêmico Leal Prado – CALP – Biomedicina

Centro Acadêmico de Fonoaudiologia – CAF – Fonoaudiologia

Centro Acadêmico de Tecnologias em Saúde – CATS – Tecnologias em Saúde

Centro Acadêmico dos Estudantes de Letras – CAEL

e demais entidades que compõe o Conselho Representativo do DCE (CR-DCE)

IMPORTANTE: Informe da Plenária de Encerramento do Ato de 6af, dia 20/04

ESTUDANTES.

Mais informações e imagens serão postados no decorrer desses dias no blog. Mesmo com uma INTIMAÇÃO JUDICIAL por parte da Reitoria, com a Tropa de Choque sitiando a Reitoria, entre outros acontecimentos, os estudantes realizaram um forte ato, que se encerrou em uma Plenária de Encerramento, com dois encaminhamentos:

– o primeiro, geral: a criação de um comitê de mobilização, que se reunirá pela primeira vez este sábado, dia 28/04, conjuntamente com o CR-DCE, no espaço do DCE, às 14h, como um organismo para avançar a mobilização para os campi, rompendo a fragmentação.

– o segundo, particular: devido ao ATO, e tendo em vista que a maioria do movimento se encontrava na manifestação na Reitoria, e que o central da data de 6af era exatamente o Ato, mas que o movimento de Greve de Guarulhos precisa discutir e deliberar questões locais como pensar a conjuntura colocada pelo acirramento da Diretoria, da Reitoria, tendo em vista formular o calendário da nossa semana, deliberou-se por realizarmos, neste domingo, a Plenária Aberta do Comando de Greve, às 16h.

 

Propostas apresentadas como Atos unificados e Assembleias Unificadas foram elencadas, poderão ser discutidas nos campi, e serão coordenadas pelo Comitê de Mobilização a se reunir no próximo final de semana.

 

COMUNICAÇÃO DO COMANDO DE GREVE

G1- Estudantes fazem protesto em frente a reitoria de universidade em SP

Alunos reivindicavam melhores condições nas instalações da Unifesp. Cerca de 200 alunos estavam reunidos na Avenida Sena Madureira.

Alunos da Unifesp durante protesto na Zona Sul de SP (Foto: Rafael Sampaio/G1)Alunos da Unifesp durante protesto na Zona Sul de SP (Foto: Rafael Sampaio/G1)

Cerca de 200 estudantes protestavam na Avenida Sena Madureira, na Vila Mariana, bairro da Zona Sul de São Paulo, às 17h30 desta sexta-feira (20). Segundo a Polícia Militar, a manifestação era pacífica.

O grupo, formado por alunos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), reclama da infraestrutura da instituição e cobra melhores condições de estudo. Alunos do campus da capital paulista, por exemplo, onde funcionam principalmente cursos da área da saúde, afirmam que algumas aulas são dadas de forma precária em residências. “As salas são separadas por divisórias. Quando chove, enche de água porque tem infiltração no teto”, reclama Gisele Vieira, aluna de medicina e diretora do centro acadêmico do curso.

Universitários afirmaram ao G1 que os cursos do campus de Guarulhos entraram em greve há 29 dias, também devido a problemas de estrutura. A assessoria da Unifesp disse que as reivindicações dos alunos foram respondidas e que um “comando de greve se recusou a negociação, paralisando parcialmente as atividades do campus [Guarulhos] antes de qualquer diálogo”.

Albanett Barreto, também aluna do curso de medicina e diretora do centro acadêmico, afirmou que o protesto era unificado entre os seis campi da Uniesp. O ato começou às 13h, de acordo com os alunos, e teve concentração na Rua Pedro de Toledo por volta das 15h30. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 16h20 eles chegaram à Avenida Sena Madureira, onde fica a reitoria da universidade.

A proposta dos alunos é entregar um manifesto com as reivindicações para o reitor, Walter Manna Albertoni. “O reitor não quer sair do prédio para vir falar conosco. Ele propôs que subisse um representante de cada campus, mas já fizemos isso antes e não deu em nada”, reclamou Albanett.

Outras críticas dos estudantes são com relação à biblioteca e o bandejão da Unifesp. No campus de São Paulo, segundo os alunos de medicina, o horário de funcionamento da biblioteca foi reduzido -ela não abre mais aos fins de semana e fecha às 19h, uma hora depois do fim das aulas, o que inviabiliza a retirada de livros.

Aluno do curso de relações internacionais do campus de Osasco, na Grande São Paulo, João Victor Cardoso diz que a expansão da universidade tem sido feita sem planejamento. “Eles [a reitoria] pegam um prédio da prefeitura, pintam e entregam. Não tem biblioteca, não tem computador, e depois aparecem os problemas como rachaduras.”

 

Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/04/estudantes-fazem-protesto-em-frente-reitoria-de-universidade-em-sp.html