MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DA UNIFESP-GUARULHOS

Os trabalhadores e trabalhadoras do judiciário federal em São Paulo apoiam a luta dos estudantes da UNIFESP Guarulhos pela construção imediata de salas de aula que lhes permita estudar com dignidade, pela construção de moradia estudantil, por melhores condições de ensino, pela valorização dos trabalhadores e docentes da universidade e especialmente pela imediata retirada do processo que criminaliza 48 estudantes, acusando-os de formação de quadrilha por terem sido levados à greve em 2008 com a mesma pauta atual!
É parte da contradição do governo federal o absurdo de implantar campi universitários sem a mínima estrutura física e mais absurdo ainda pretender criminalizar os estudantes que se insurgem contra a falta de condições de ensino e lutam por melhorias na universidade.
O mesmo governo que propagandeia um Brasil em franco desenvolvimento e se vangloria de implantar várias unidades de universidades federais em todo o país, levando ao senso comum a idéia de avanço no trato com a educação, mantém os salários de professores e funcionários congelados, ataca o direito à aposentadoria e corta investimentos em educação, destinando quase 50% do orçamento federal ao pagamento de juros da dívida pública, que significa dinheiro público nos bolsos de grandes investidores e especuladores.

Não à criminalização das lutas!
Pelo fim do processo que criminaliza os estudantes do campus da UNIFESP de Guarulhos!
Pela construção imediata de salas de aula!
Pela construção da moradia estudantil!
Todo apoio à greve e ocupação da diretoria acadêmica!
Pela abertura de negociação com os estudantes!

SINTRAJUD-SP

Comissão de alunos na reitoria em 08/05/2012

Conforme decisão da plenária do Comando de Greve do dia 07 de maio de 2012, foi designada uma comissão de alunos da UNIFESP Campus Guarulhos, em greve desde o dia 22 de março, para dialogar com a Reitoria. O objetivo deste diálogo foi o de repassar ao Reitor uma decisão do Movimento tirada em Assembleia Geral, de que as negociações com a Reitoria seriam feitas no Campus Guarulhos, em audiência pública com presença do Magnífico Reitor da UNIFESP, Prof. Walter Manna Albertoni.

Parte 1
http://www.dailymotion.com/video/xqpfcg_comissao-de-alunos-na-reitoria-parte-1_school

Parte 2
http://www.dailymotion.com/video/xqpet8_comissao-de-alunos-na-reitoria-parte-2_school

Parte 3
http://www.dailymotion.com/video/xqpeut_comissao-de-alunos-na-reitoria-parte-3_school

Parte 4
http://www.dailymotion.com/video/xqpf3u_comissao-de-alunos-na-reitoria-parte-4_school

Parte 5
http://www.dailymotion.com/video/xqpf6f_comissao-de-alunos-na-reitoria-parte-5_school
Comissão de alunos na Reitoria

CAMPUS SITIADO

Por volta das 19h da terça-feira (08/05/2012), os portões de entrada da UNIFESP – Campus Guarulhos foram fechados por ordem do diretor acadêmico (Marcos Cezar) com o intuito de impedir a entrada de estudantes nas dependências do campus.

O motivo divulgado pelo vice-diretor (Gladysson), é que tal ordem foi para garantir que nao houvesse uma ocupação da diretoria acadêmica. O diretor Marcos Cezar estava no prédio da reitoria enquanto ordenava que alem dos portões trancados, que impedia a entrada do fretado Itaquera-Pimentas, também fossem fechados a biblioteca, a diretoria acadêmica, o laboratório de informática e a secretaria acadêmica.

Devido aos fatos, os estudantes viram a necessidade de forçar as fechaduras dos portões para que fossem abertos viabilizando assim a entrada novamente dos estudantes.

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Sabemos que vários estudantes precisam utilizar destes espaços, mais do que isso, consta que tais espaços como laboratório e biblioteca deveria servir à comunidade externa. Dessa forma, é nítida a ação autoritária na qual o diretor quer barrar qualquer tipo de encontro para que os estudantes possam se organizar, como também que pessoas do bairro possam utilizar o espaço público da Universidade.

Essa atitude truculenta demonstra as arbitrariedades e medidas desesperadas para sufocar o processo politico de negociação da pauta de reinvidicação estudantil com respostas pautadas na repressão. A UNIFESP Campus Guarulhos encontra-se sitiada e a mercê dos mandos do diretor Marcos Cezar, capacho da reitoria.

Informe

O Ato, aprovado em assembléia, acontecerá nesta quarta-feira, 09 de maio à partir das 09:00hrs, onde os estudantes se reunirão em frente ao prédio da reitoria, na Av. Sena Madureira – Ibirapuera/Vila Clementino.

O ato no CONSU tem como finalidade a mobilização do movimento estudantil como unidade contra as precarizações e repressão, além de como manifesto contra a postura das entidades responsiveis quanto ao campus.

Esperamos e contamos com a presença de todos vocês.

PARTICIPEM!

Carta da Frente 5 de maio

A ocupação acabou: quem está comemorando?

o movimento entrou pelos fundos e saiu pela porta da frente, e desocupando sem saber que estávamos sendo desocupados

A Reitoria, que recebeu o movimento semanas atrás com a tropa de choque, e que não atendeu a nossa pauta de reivindicações, tem aplicado uma série de ataques aos estudantes em greve, desde o dia 22 de março, tem realizado uma tática orquestrada de terror como forma de intimidar os estudantes que, em greve, ocuparam a diretoria acadêmica do campus Guarulhos na noite do dia 02 de maio, depois de 42 dias de greve. Essa tática foi se intensificando desde o início da ocupação: através dos membros do PRAE, que tem uma forma habilidosa de realizar a política da reitoria, sob um véu de “estar ao lado dos estudantes”, quando na prática, esse setor da burocracia universitária deu um ultimato para tentar desocupar, tentando pressionar o movimento, visando evitar agravar a crise política na Universidade, e não precisar colocar a Tropa de Choque dentro do campus.

Na 5af (03/05), houve o estopim dos ataques aos estudantes: na reunião da comissão de diálogo do Comando de Greve com a PRAE, a posição da reitoria era de não negociar com o movimento enquanto estivesse em greve (sic!) e as punições ao movimento grevista foi deliberado na Congregação do campus Guarulhos, aprovando abertura de sindicância sob alegação de violência, insulto, desacato e obstrução ao exercício da função. Assim, em Plenária Aberta do Comando de Greve, os estudantes responderam aos sucessivos ataques à luta pelas reivindicações, ocupando a diretoria acadêmica do campus, em uma votação que passou por contraste.

Um impulso acertado do movimento foi dado. Tanto que poucas horas de ocupação fez com que a Reitoria acenasse, mesmo que timidamente, um recuo, aceitando negociar com o movimento, ainda que não aceitasse vir até o campus, sem falar que o movimento teve visibilidade até na imprensa burguesa. A ocupação, como continuidade da greve, foi um passo acertado e consequente com a luta pelas reivindicações, e pela pressão para o atendimento das pautas.

Os estudantes que chegaram ao campus na 6af, dia 04 de maio, que viram com seus próprios olhos a ocupação da Diretoria, se manifestavam, em sua maioria, favoráveis à ação, inclusive com falas no Comando de Greve, de estudantes que iriam levar a defesa da ocupação para maiores horizontes. Isto é, a ocupação foi ganhando cada vez mais adeptos. Além disso, cabe ressaltar, que nessa Plenária do Comando, foi consenso continuar com a ocupação.

Uma prova concreta da força do movimento é que a questão da continuidade da ocupação foi debatida de forma permanente, nas 44 horas em que os estudantes permaneceram ocupados na Diretoria. Esse debate surgiu em 8 momentos, e em todos eles, a questão da continuidade da ocupação ganhou: ou por consenso, ou por ampla maioria, ressaltando a força unitária da luta da greve com ocupação. Em reunião aberta no pátio após as pressões da PRAE na 6af pela tarde, os estudantes, em sua maioria, apoiaram a ocupação e sua continuidade; nos debates dentro da ocupação, a posição majoritária era pela continuidade; no sábado, antes e pós entrega do mandado de citação e intimação, anunciando a reintegração de posse, a plenária posicionou-se pela permanência na ocupação até a reintegração, ora de forma unanime, ora por maioria dos votos. Ou seja, em 8 momentos onde se discutiu a questão de desocupar, em nenhum momento essa proposta foi aprovada.

Um setor levou adiante a traição: a Reitoria não precisou da Tropa de Choque, setores do movimento fizeram esse serviço

Contudo, mesmo após a insistência de colocarem a questão de desocupar a Diretoria, e perder em todas as votações, um setor rompeu com a unidade, fazendo de tudo para desocupar. Esse setor, que se utilizava de “informes terroristas”, e tentavam ganhar no grito, foram os agentes responsáveis pelo acordo com membros da Reitoria e da Polícia Militar, que estavam no portão da Universidade, do lado de fora. Na 6af, o PSTU já defendia abertamente desocupar a Diretoria em troca da proposta trazida pela PRAE. No sábado, como era esperado, não havia nem sombra deles na ocupação. Contudo, o papel de traição foi continuado pelo PCB e pelo PSOL. Esses dois partidos, que estavam na ocupação, e que perderam na última votação, ignoraram uma construção de unidade, e foram agentes no acordo feito com membros do PRAE de desocupar após fazer o inventário, sem ter a reintegração de posse. Esses partidos dirigiram uma ação em favor da Reitoria: não precisar da tropa de choque para tirar os estudantes. Esses setores que dirigiram essa traição são responsáveis pelo modo como houve a desocupação, muito diferente dos que foram induzidos, pela pressão, a tal atitude.

Isso ressalta que a desocupação foi uma ação que foi contra a própria orientação do Comando de Greve de 6af (04/05) e das discussões da ocupação. Assim, a ação desse setor que deu um golpe na ocupação, fazendo um acordo com a PRAE-Reitoria, foi um ataque frontal, não somente contra as pessoas que defendiam a ocupação no dia da intimação, mas um ataque ao Comando de Greve, que se posicionava pela continuidade da ocupação.

É preciso ter clareza dos fatos, debate-los, e abrir uma crítica aberta sobre o ocorrido, pois o que está em jogo é a condução da luta pelas reivindicações, o combate aos ataques da burocracia universitária e a confiança ideológica e política nos companheiros estudantes envolvidos nessa mobilização. A ocupação acabou: quem está comemorando? Certamente não são os estudantes que lutam pelas pautas de reivindicações. Mas alguns estudantes, ao saírem, entoaram um aviso: VOLTAREMOS!

Assinam essa carta os membros da frente 5 de maio.

Cronograma de Atividades da Greve – Período de 07/05 à 11/05

Segunda-feira (07/05)

!4h – 16h: “Anti-museu aberto”

Local: Espaço de Vivência “Carlos Marighella” (barracão)

16h – 18h: Exibição do filme “A fonte das mulheres

Local: CINE MARX (sala 17)

18h – 19h: Reunião dos estudantes que são professores em escolas da rede estadual de São Paulo

Local: Pátio central

19h: Plenária do comando de greve

Local: Pátio central

Terça-feira (08/05)

14h – 16h: Debate: A estrutura de poder na universidade

Local: Pátio central

16h – 18h: Oficina/propaganda

Local: Pátio central

18h – 20h: Debate/advogados (a confirmar)

Local: Pátio central

20h: Plenária do comando de greve 

Quarta-feira (09/05)

9h: Ato/CONSU

18h: Exibição do filme A batalha do Chile

Local: CINE MARX (sala 17)

Quinta-feira (10/05)

15h – 18h: Atividade Coletivo IES – Jogos – Futebol de rua (times a serem formados na hora), Truco, Pingue-pong e um debate político sobre o movimento estudantil.

16h – 19h: exibição de vídeos sobre a greve

Local: Pátio central

19h: Assembleia geral dos estudantes

Sexta-feira (11/05)

15h – 18h: Horário livre para eventuais discussões e reuniões de grupos/comissões e etc.

18h: Debate sobre a repressão ao movimento estudantil com a presença de advogados do movimento estudantil. Local: Teatro.

20h: plenária do comando de greve. Local: a definir.

 

Moção de apoio aos estudantes em ocupação na UNIFESP – Guarulhos

O Campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo, o segundo campus de expansão, sofre com vários problemas de infraestrutura, como falta de salas e laboratórios, espaços precários para realização de ensino, pesquisa e extensão, falta de estrutura de permanência estudantil como moradia e creche. Não por acaso essa situação é análoga ao do Campus Baixada Santista e à de outras universidades federais. O Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI prima pela expansão de vagas sem nenhum cuidado com a qualidade e estrutura para as mesmas.

Frente a estas e várias outras demandas, os estudantes da UNIFESP – Guarulhos entraram em estado de greve como forma de pressionar a Diretoria e a Reitoria a tomarem ações para sanar esta situação.

Contudo, não é de hoje que, após suas manifestações legitimas de denúncias, atos e outras ações, os Movimentos Sociais recebem em resposta atos de criminalização e ou judicialização por parte das autoridades, governo e Estado. No Movimento Estudantil não é diferente. 48 estudantes sofrem processos após a utilização de tapumes apodrecidos em um ato simbólico, sob alegação de “depredação do patrimônio público”.

Dessa forma, o Centro Acadêmico Unificado – Unifesp Baixada Santista torna público o seu repúdio à opção feita pela Direção Acadêmica do Campus Guarulhos e pela Reitoria da UNIFESP em não abrir dialogo com o movimento de greve dos estudantes daquele campus além de abrir processos e montar uma Comissão de Sindicância contra estudantes.

Diante dessa intransigência, não coube ao movimento de greve outra opção senão tomar medidas mais drásticas e ocupar a Diretoria Acadêmica. Entendemos que essa ação é estratégica, tendo grande alcance, absolutamente legítima além de ser um importante instrumento de reivindicação.

Prestamos assim total apoio à ocupação da Diretoria Acadêmica do Campus Guarulhos e nos colocamos em solidariedade às suas ações. Colocamo-nos ainda em estado de atenção contra uma possível repressão ao movimento dos estudantes.

CENTRO ACADÊMICO UNIFICADO UNIFESP – BAIXADA SANTISTA

Nota da reunião Comando de Greve – 04/05/2012

“Nós estudantes em greve e ocupados da EFLCH deliberamos em plenária do Comando de Greve aceitar a proposta do pró reitor de assuntos estudantis Leduino quanto à negociação de nossas pautas, na Segunda- feira dia 07/05/2012, SOB TRÊS CONDIÇÕES:

1° Permaneceremos ocupados até o reitor se pronunciar no Campus;

2° Realizar essa negociação com o reitor no CAMPUS GUARULHOS com comissão de negociação decidida em Comando de Greve.

3° Garantia de nenhuma intervenção policial durante a ocupação pré-negociação.

Fraternalmente,

Comando de Greve-Ocupação

Cronograma de Atividades da Greve/ocupação – Período de 05/05 à 06/05

PARTICIPE DAS ATIVIDADES DA OCUPAÇÃO DA DIRETORIA ACADÊMICA NO FINAL DE SEMANA NA UNIFESP GUARULHOS

Os estudantes da UNIFESP Guarulhos estão em greve desde o dia 22 de março, lutando em defesa da educação pública e por melhores condições de ensino, como a construção do prédio para aulas. Professores, funcionários e estudantes esperam há mais de 5 anos. No dia 03 de maio, com objetivo de pressionar a Reitoria para abrir negociação da pauta de reivindicação os estudantes decidiram ocupar a Diretoria Acadêmica.

Calendário de atividades:

05 de maio, Sábado

14h às 18h Oficina cômica de jogos e brincadeiras de palhaços coordenada pelo palhaço Golingoberto.
18h Lanche coletivo
19h Debate sobre Ocupação
20h Sarau músico-literário/madrugada de filmes

06 de maio, domingo

9h Futebol e atividades físicas
12h Almoço coletivo
15h Roda de Capoeira

Participem!!!