Cronograma de Atividades da Greve – Período de 23/04 à 24/04

2af – 23/04

11h – reunião extraordinária da Congregação. Pauta: “Casos estudantis” [acerca dos processos judiciais e policiais contra estudantes] Local: Sala 8 do campus Guarulhos

12h30 – Reunião da comissão de segurança – PIQUETES

14:00h – Início do planejamento e construção da Horta, próximo ao barracão.

15h – Cine-debate. Cine-Marx. “O apito da panela de pressão”

17h – Encontro de Alunos que são Professores.  Local: pátio central.

19h – Filmagem do Ato e avaliação da passeata. Debate sobre a repressão contra o movimento grevista

22h – Inauguração do “espaço de vivência Carlos Marighella”

3af – 24/04

15h – Construção do bolchevão: quadra poliesportiva na UNIFESP

17h – Debate sobre a abertura dos arquivos da Ditadura Militar c/ Angela Almeida, do grupo Tortura Nunca Mais e Coletivo Merlino

19h – Plenária Aberta do Comando de Greve

Carta de Apoio à Greve dos Estudantes da Unifesp Guarulhos

Nós, entidades acadêmicas abaixo assinadas, vimos, por meio desta, expressar seu apoio à greve e à luta dos estudantes do campus de Guarulhos da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo. Apesar de esforço feito pelos discentes no sentido de persistir na luta por melhores condições de ensino e na busca de alternativas para negociações, junto a Universidade, que atendessem às reivindicações dos mesmos, a infraestrutura do campus permanece inadequada às demandas estudantis e acadêmicas.

O descaso do Governo Federal com a Educação pública se reflete visivelmente nas instalações da UNIFESP: os atuais campi da universidade sofrem com falta de salas de aula, de um restaurante central, de moradia estudantil (bem como outras necessidades específicas de cada curso – a exemplo de uma quadra para o curso de Educação Física) . Nesse momento, a greve dos alunos é um dos mais importantes instrumentos em defesa de suas reivindicações históricas e de uma educação que seja pública, gratuita, emancipadora e sobretudo acessível a todas e todos. Defendemos que é impossível existir uma formação de qualidade sem uma infraestrutura que condiga com a tal.

Colocamos-nos na linha de frente em apoio, solidariedade e defesa da greve e da luta dos alunos do campus de Guarulhos da UNIFESP. Declaramos, também, que consideramos a greve um mecanismo histórico e legítimo da luta pela reivindicação dos direitos sociais Convidamos todas e todos estudantes a se informarem sobre processos como este – que vem acontecendo por todo o país e não só dentro das universidades. É importante que nós, estudantes, passemos a nos reconhecer todos como um mesmo grupo, que sofre ataques semelhantes e que se intercruzam, e que pode, coletivamente, se unir e ter mais força para construir a Universidade que está em nossos sonhos e em nossas necessidades.

Conselho de Centros Acadêmicos da Universidade de São Paulo

Fonte: DCE Livre da USP
http://www.dceusp.org.br/2012/04/carta-de-apoio-a-greve-dos-estudantes-da-unifesp-guarulhos/

FESTA DA GREVE!!!!!!

Acontece hoje no CA – espaço dos estudantes a festa da greve! A comissão de finanças organizou a festa com a finalidade de arrecadar fundos para o movimento, por isso contamos com a participação de todos para fazer dela um sucesso!

Vai rolar muita música, bebida e apresentações, como a banda Asas Mundanas:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=kPJ6tGHZBC8]

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS!!!!!

Saiu na imprensa – Rede Brasil Atual

Greve na Unifesp para quase metade dos alunos e ganha adesão dos professores

Construção de um novo prédio definitivo para o campus é uma das principais reivindicações; paralisação dos alunos começou há 20 dias e docentes vão cruzar os braços nesta quinta

Por: Vanessa Ramos

Publicado em 10/04/2012, 14:55

Última atualização às 19:40

São Paulo – Estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no bairro dos Pimentas, em Guarulhos, na Grande São Paulo, estão em greve há 20 dias, por tempo indeterminado, pela construção de um prédio definitivo do campus que abriga a Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH), melhorias no transporte, moradia estudantil no entorno e transparência nos processos burocrático da universidade.
Dos 3 mil alunos, aproximadamente 1,3 mil estão parados desde 22 de março, e dos 200 professores, 130 decidiram aderir à paralisação entre quinta-feira (12) e o próximo dia 19, quando pretendem apresentar à comunidade um documentário com denúncias dos estudantes relativas à universidade.
A mobilização dos estudantes ganhou corpo a partir de 2010, quando o movimento estudantil reivindicava um novo prédio para a universidade e a implementação de uma linha de ônibus partindo do metrô Itaquera, na zona leste da capital, para o bairro dos Pimentas.
Segundo o estudante Jonatas Santiago, representante do movimento estudantil da Unifesp, a construção de um prédio próprio já havia sido anunciada pela universidade em 2007. Para ele, a estrutura atual não tem capacidade para acomodar os estudantes e também não recebe a manutenção adequada. “Na intenção de ampliar o espaço, a universidade fez divisórias para acomodar a sala dos professores. São soluções paliativas que não resolvem o problema”, disse.
Santiago afirmou que a universidade recebe recursos da União para serem aplicados às necessidades emergenciais. Atualmente, por falta de espaço, os estudantes assistem às aulas à tarde e à noite, no Centro Educacional Unificado (CEU) Pimentas.
Esse fato é confirmado por funcionários concursados que não quiseram se identificar. Eles afirmaram que atualmente há cerca de 30 salas de aulas, mas a demanda é de 50, no mínimo. Também informaram que existem 55 funcionários e 80 terceirizados, quando seria necessário o dobro para atender à demanda, crescente nos últimos anos. Os trabalhadores afirmam ainda que o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da universidade não é posto em prática.
Santiago disse ainda que o número de funcionários para atender à comunidade acadêmica é reduzido e que a biblioteca não possui espaço suficiente para o acervo de livros. “Temos 16 mil livros estocados em caixas.”
Na “Carta de Reivindicações”, os estudantes exigem a conclusão do processo de licitação da obra de construção do prédio central, com acompanhamento de uma comissão paritária envolvendo professores, alunos e técnicos administrativos. Também cobram a compra de um terreno onde existe um galpão já alugado pela Unifesp, localizado próximo ao campus de Guarulhos.
Em mensagem enviada à comunidade da EFLCH o diretor da escola, professor Marcos Cezar de Freitas, disse que houve na semana passada uma primeira conversa com representantes do Ministério da Educação sobre a demanda dos estudantes.
Em relação à compra de um prédio para a universidade, em ofício, a reitoria informou à universidade que o imóvel será avaliado pela Caixa Econômica Federal e que, havendo acordo sobre o valor apresentado, a negociação será feita entre a Unifesp e o proprietário. “Caso o proprietário não concorde com a avaliação da Caixa, o MEC providenciará a tramitação necessária para que a Presidência da República declare o imóvel de utilidade pública e, posteriormente, proceda a desapropriação.”
Em nota, a Unifesp afirmou que a universidade está empenhada em resolver a situação e responderá a carta de reivindicações dos alunos ainda esta semana. Disse que a licitação de construção do novo prédio está em vias de conclusão e que já foi alugado um terreno próximo ao campus para a instalação de uma biblioteca de apoio e melhor acomodação do setor administrativo, o que resultará no aumento de 30% da área.


fonte: Rede Brasil Atual

Greve na Unifesp para quase metade dos alunos e ganha adesão dos professores

Saiu na mídia: Estudantes permanecem em greve e se reúnem hoje com diretor acadêmico da instituição

Estudo realizado pela Unifesp em 2011 revela que mais de 60% dos alunos do campus Guarulhos não é da cidade. Conforme o relatório, obtido pelo Guarulhos HOJE, 48% dos matriculados moram na Capital, 10,73% são oriundos de cidades do Interior de São Paulo e 5,3% de outros estados da federação. Os 35,97% restantes são alunos que moram em municípios da Grande São Paulo, incluindo Guarulhos. Ou seja, o número de guarulhenses pode ser bem inferior a esse.Os dados revelados pelo estudo refletem diretamente duas reivindicações dos alunos, que estão em greve desde o último dia 22: a baixa quantidade de transporte público disponível para atender a demanda exigida pela quantidade de estudantes da universidade, e também, a ausência de moradia estudantil próximo ao campus, no Pimentas. Além de melhoria no transporte, os cerca de 3 mil alunos alegam falta de salas de aula, laboratório de informática e restaurante universitário.Nesta terça, a comissão de greve dos estudantes fará uma reunião com o diretor acadêmico do campus Guarulhos para apresentarem suas reivindicações e tentarem uma resposta efetiva da universidade sobre as melhorias exigidas. Segundo a comissão de comunicação da greve, até o momento, nenhuma resposta da Unifesp foi dada aos estudantes. Na quinta-feira, dia 12, será a vez dos professores aderirem a paralisação. Na semana passada, uma assembléia entre os docentes decidiu pela greve.A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e da Diretoria Acadêmica do Campus informou estar negociando com os governos locais a identificação de terrenos para a construção de moradias estudantis. Ainda segundo a instituição, o campus Guarulhos paga mensalmente 600 auxílios permanência para sua população estudantil que é de 2900 alunos e disponibiliza cinco ônibus gratuitos, que partem ida e volta da estação Itaquera do metrô, até o Campus. Um novo ônibus, cedido pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis entrará em circulação em alguns dias.

Perfil dos alunos da Unifesp Guarulhos

  • 48% moram na Capital;
  • 35,97% moram em municípios da Grande São Paulo (incluindo Guarulhos);
  • 10,73% moram no Interior;
  • 5,3% vieram de outros estados da federação;
  • 65,95% vieram de escola pública;
  • 34,05% vieram de escola particular;
  • 69,47% ingressaram pelo Enem;
  • 28,71% ingressaram pelo vestibular;
  • 0,5% não têm renda;
  • 64,2% têm renda de até 5 salários mínimos;
  • 2,5 salários mínimos é a média de renda dos estudantes

Na mídia: Alunos da Unifesp pressionam prefeito

Estudantes gritaram palavras de ordem contra o prefeito
Por Deisy de Assis
Em greve há 19 dias, os alunos do campus Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pressionaram o prefeito Sebastião Almeida. O chefe do Executivo se pronunciava por ocasião da entrega de uniformes a crianças da rede pública municipal de ensino, na tarde de ontem, no Centro Educacional Unificado (CEU) Pimentas.

Os estudantes expuseram faixas de protestos e pediram um posicionamento do governo municipal. O prefeito atendeu aos alunos em sala reservada, e ouviu as reivindicações sobre a locação de um terreno em frente do CEU para a construção de moradias para estudantes, além de queixas sobre o preço das tarifas de ônibus e a mobilidade local. Continue lendo

Saiu no “SpressoSP”

Sob censura, greve na Universidade Federal de São Paulo completa 13 dias
Publicado em 3 de abril de 2012·

Movimento grevista enfrenta retaliações como bloqueio na internet e corte no fornecimento de água; greve possui adesão da maioria dos alunos e professores

Por José Neto, do Brasil de Fato

Há cinco dias, a página no Facebook “Greve Unifesp” está bloqueada. Ao tentar abri-la na sexta-feira (30/03), a comissão de greve da Universidade Federal de São Paulo se deparou com o seguinte aviso: “Por motivos de segurança, sua conta está temporariamente bloqueada”. Diante disso, ontem (02/04), a comissão decidiu criar uma nova página. Desta vez, conseguiu manter-se no ar por apenas dez minutos, não conseguindo nem ao menos fazer uma postagem, até receberem um outro aviso de que “devido à denúncia” a página deveria ser excluída, sem maiores explicações.
Além da censura na internet, o movimento também foi alvo de outra retaliação na última semana de março. O fornecimento de água por todo o campus foi interrompido – coisa incomum, de acordo com os grevistas, visto que nos períodos de aulas, com um número muito maior de estudantes presentes, nunca houve falta de água.

Motivos

A greve teve início no dia 22 de março, após assembleia realizada no campus da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com a presença de quase todos os alunos e docentes da universidade. A paralisação ocorre devido aos problemas na infraestrutura, transporte, moradia e representatividade da instituição, que hoje é gerida pelo município de Guarulhos.
Desde 2007, o campus de humanas está instalado no bairro dos Pimentas, com a promessa da prefeitura de São Paulo de que seria de forma provisória, e, que o quanto antes, o prédio definitivo seria construído. Porém, o campus continua no mesmo local, e agora com um número maior de cursos e de alunos.
Segundo a comissão de comunicação da greve, a universidade possui recursos federais destinados às suas atividades. As salas do CEU (Centro Educacional Unificado), segundo a comissão, que deveriam ser para uso dos moradores do bairro dos Pimentas, estão sendo utilizadas pelos alunos da Unifesp por falta de salas de aula.
“Não somos contra a colaboração da administração municipal, mas pensamos que os recursos federais devem ser melhor utilizados e de forma transparente”, comenta o estudante Jonatas Santiago, um dos membros da comissão.

Transporte e moradia

Grande parte dos estudantes vem de regiões distantes da cidade de São Paulo e enfrentam uma jornada diária de pelo menos duas horas em transporte público. O mesmo se compara com a realidade dos moradores, que antes mesmo da universidade, já vinham enfrentando o caos no trânsito desde a Marginal Tietê até à avenida Juscelino Kubitchek, no Pimentas.
Para Jonatas, a vinda do campus para o bairro só fez piorar a situação, pois são mais de 2 mil alunos que optam por morar nas proximidades da universidade, intensificando cada dia mais o aumento no valor dos alugueis e do custo de vida em geral.“Não existe moradia estudantil no campus Guarulhos e em nenhum outro campus da Unifesp originários do Plano de Expansão das universidades públicas.”

Atividades

Apesar das dificuldades, alunos e professores realizam atividades em conjunto com os alunos do CEU, como a organização de um cursinho pré-vestibular para alunos da rede pública, atividades corporais como dança e capoeira.
Hoje (03/04), o movimento realizou um ato no vão do Masp para informar a população sobre os transtornos ocorridos na universidade. As próximas atividades da greve estão sendo divulgadas no blog greveunifesp.blogspot.com.br

fonte: SpressoSP

http://www.spressosp.com.br/2012/04/sob-censura-greve-na-universidade-federal-de-sao-paulo-completa-13-dias/

Saiu na mídia (Metrô News): Docentes da Unifesp Guarulhos decidem hoje se aderem à greve

Docentes da Unifesp Guarulhos decidem hoje se aderem à greve

Marcela Fonseca

Deflagrada a greve de estudantes universitários do campus de Guarulhos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), há uma semana, em função dos problemas de estrutura física no campus, professores realizam hoje assembleia para decidir se aderem ao movimento.

Segundo a professora de ciências políticas da Unifesp Guarulhos, Christina Andrews, a unidade de ensino não conta com laboratórios, nem espaço para os novos livros da biblioteca. E sem salas de aula o campus não consegue atender a todos os alunos por falta de espaço.

“A situação se agravou e neste ano chegou ao limite: não temos mais salas de pesquisa ou para eventos. Estamos no limite das salas de aulas. Se optarmos pela greve, alunos e docentes trabalharão juntos nesta situação para propor alternativas”, disse Christina.
Segundo Christina, há dois anos aulas são ministradas no Centro Educacional Unificado (CEU) Pimentas.

Alunos ‘estudam’ no meio da rua

Vestidos de preto, com livros, cadernos e cartazes nas mãos, os alunos da Unifesp, campus Guarulhos, em greve desde a quarta-feira, 28 de março, realizaram ontem protesto no canteiro central da Avenida Paulista, em frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), região central da Capital.

Segundo o estudante do 1° ano do curso de história Álvaro Medalla, organizador da manifestação, uma das reivindicações que têm motivado a greve é o pedido de construção de um novo prédio para acomodar todos os alunos.

“Está havendo superlotação no prédio, e essa é a nossa principal reivindicação, mas há outros problemas. Hoje [ontem] nossa ação é ler nossos livros aqui como forma de protesto porque a gente não tem lugar para estudar lá [referindo-se ao campus universitário]”, disse.

Fonte: Metrô News

http://www.metronews.com.br/metronews/f?p=287:24:2023110535471135::::P24_ID_NOTICIA,P23_ID_CADERNO:233130,909http://www.metronews.com.br/metronews/f?p=287